Após a aprovação de um auxílio
emergencial para os trabalhadores informais, o governo tenta agora centrar seus
esforços na aprovação de medidas para auxiliar empregados com carteira assinada
durante a crise do novo coronavírus.
A equipe econômica já acertou que
trabalhadores domésticos formalizados terão acesso ao seguro-desemprego se
tiverem contrato suspenso ou redução de jornada e salários.
Em outra frente, o governo calcula que
pode liberar cerca de “1.000 reais” por conta na nova rodada de saques do FGTS.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a inclusão dos domésticos na medida de proteção
aos trabalhadores formais foi um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes,
que tem dito que "ninguém será deixado para trás".
Quem for diarista poderá pleitear o
auxílio emergencial a trabalhadores informais, caso preencha todos os
requisitos.
Como antecipou a reportagem, os
empregadores poderão suspender o contrato por até dois meses, ou reduzir
jornada e salário em 25%, 50% e 70% por até três meses.
No caso da suspensão, o governo pagará a
parcela integral do seguro-desemprego, que vai de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
Já na redução de jornada, o governo
aplica o mesmo porcentual da redução sobre o seguro, enquanto a empresa arca
com o restante do salário.
A ideia é que, na soma das duas partes,
nenhum trabalhador receba menos que o salário mínimo.
O governo prevê destinar R$ 51,2 bilhões
ao pagamento de seguro-desemprego, integral ou parcial, a trabalhadores que
forem afetados pela crise provocada pela pandemia.
Esse é o impacto bruto da medida.
A intenção dos técnicos é que a
concessão do seguro-desemprego seja automática: assim que o empregador lançar a
informação da suspensão do contrato ou da redução da jornada, o pagamento seria
concedido.
FGTS
A nova liberação do FGTS para os
trabalhadores deve ficar em torno de R$ 1 mil por conta, segundo duas fontes do
governo informaram ao Estadão/Broadcast.
O valor representa o limite possível de
ser liberado nas contas sem comprometer a sustentabilidade do FGTS.
O martelo ainda será batido nos próximos
dias.
A estimativa é de que cerca de 60 milhões
de contas serão beneficiadas pela medida.
Contas com saldo de até R$ 1 mil poderão
resgatar o saldo integral.
O governo estima uma injeção de
aproximadamente R$ 34 bilhões com a nova rodada de saques.
Desse valor, R$ 20 bilhões virão da
transferência de recursos que hoje estão parados no Fundo PIS/Pasep.
Outros R$ 14 bilhões já haviam sido
disponibilizados por meio do "saque imediato" aprovado no ano
passado, mas ainda não foram resgatados.
Com o fim do prazo de resgate nesta
terça-feira, 31, o dinheiro servirá para dar lastro às novas liberações.
O governo também quer baratear o crédito
neste momento de crise e estuda zerar, de forma temporária, o adicional de
0,38% do IOF cobrado nos empréstimos para famílias e empresas.
(O Estado de S. Paulo)
Em situação de calamidade, dinheiro cria asas
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