Policiais da 14ªDSPC prenderam em Serra Branca,
no Cariri, um segundo envolvido na tortura contra um professor ocorrida no mês
de fevereiro.
A polícia militar já havia prendido um
dos cinco envolvidos.
Desta vez o preso trata-se de João
Vicente Ferreira, de 21 anos.
Contra ele foi cumprido um Mandado de
Prisão Preventiva.
Uma mulher e outros dois homens ainda
estão sendo procurados.
ENTENDA
O CASO E DESFECHO
Na madrugada do sábado (15/02) o
professor foi flagrado fazendo sexo oral num jovem numa das Praças no Centro de
Serra Branca.
Um vídeo foi gravado e logo tomou conta
das redes sociais.
Na segunda (17) o professor, de 47 anos
de idade, foi alvo de uma trama diabólica que por pouco não lhe custou a vida.
A vítima foi internada no Hospital de
Trauma em Campina Grande com visíveis sinais de tortura.
Foram socos, pontapés, agressões com
chicote, barra de ferro e pedaços de pau.
No Hospital de Trauma ele contou que
errou em fazer tal ato em Praça pública, mas garante que as pessoas que estavam
com ele eram adultas e não havia criança no entorno.
O professor disse que foi atraído para
uma cilada.
Ele estava em casa e logo após o almoço,
por volta do meio-dia, chegou à residência dele um rapaz pedindo ajuda para
empurrar um carro.
Como o professor o conhecia, deu água e
o ajudou com o carro.
A vítima percebeu que havia uma mulher
com esse rapaz.
Para deixá-lo vulnerável e sem defesa, o
professor acabou dirigindo o carro enquanto o rapaz o empurrava.
Mais adiante, conta Luís Carlos,
visualizou mais dois homens.
Foi então, segundo ele, que percebeu que
havia algo errado e já era tarde.
Foram, conforme o professor,
aproximadamente três horas de tortura e de luta desesperada pela vida.
As agressões ocorreram na zona rural do
município.
Ele afirmou que conseguiu escapar
correndo pelo mato, pulando cercas e se ferindo em arame farpado.
Luís Carlos afirmou também que seus
agressores ainda gravaram o vídeo o obrigando a pedir desculpas pelo ocorrido
na Praça.
O professor informou que gritou bastante
pedindo socorro e recebeu ajuda de agricultores que ouviram seus apelos.
O SAMU foi acionado, assim como a
polícia militar.
Homossexual assumido, Luís Carlos não
tem dúvidas: foi vítima de homofobia.
Por um momento ele pensou que iria
morrer.
O professor só espera que os culpados
sejam punidos.
Um dos envolvidos foi preso e
identificado como “Morrone”.
A conduta do professor também está sendo
apurada, em relação ao ato realizado em local público (importunação ofensiva ao
pudor).
Durante as investigações, a polícia
civil em Serra Branca, descobriu que uma mulher foi quem tramou, ordenou e
participou da tortura contra o professor.
A trama ardilosa vai custar caro para
ela e mais quatro envolvidos (um já está preso) que vão responder por tortura,
homofobia, associação criminosa e lesão corporal de natureza grave.
A mulher que assim como homens
foragidos, já foram identificados, quis dar uma de “justiceira” e presar pela
“moral e honra” da sociedade e famílias serrabranquenses.
Quis se "sair bem na fita".
(Por www.renatodiniz.com)
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