"Minhas janelas se fecharam e a bela luz
que estimulava a alegria foi tomada de forma violenta das mãos dos idosos...
Daquelas que lutaram nas batalhas pela
democracia, dos que correram ferindo os pés para trazer para casa o que o mundo
insistia em tirar.
Tenho feito caminhadas em cada quarto,
cada degrau.
Buscando coragem de um dia poder
estender as mãos, abraçar quem sofre mais do que eu...
Para enxugar lágrimas e tornar meu ombro
amplo para consolar e se possível chorar junto.
Vivo numa cela de conforto, enquanto na
periferia a tristeza por um dia é maior que a minha por um mês.
Façamos reativar a fé trazer a luminosidade,
onde a escuridão inventou de morar.
Façamos o dividir das comidas e que no
dividir do pão eu fique com a parte mofada.
Lutemos nesta guerra sem dono, para que
não possamos perder os nossos, os outros e desconhecidos.
Que a Divina Sabedoria nos vele, nos
cubra de esperança para que a civis seja apenas uma lembrança, uma amarga
lembrança".
(Rafael Holanda, cirurgião, neurologista - Paraíba Online – www.paraibaonline.com.br)
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