Neste domingo (12/04) foi celebrada a
Páscoa.
Seguindo determinação das autoridades do
estado e do município, as missas foram realizadas sem a presença dos fiéis para
evitar aglomerações se prevenindo assim da pandemia do conoravírus.
Na Catedral, em Campina Grande, a Santa
Missa foi presidida pelo Bispo Dom Dulcênio Fontes de Matos e a celebração foi do
Vigário Geral e Pároco da Catedral, o Padre Luciano Guedes.
Após a Santa Missa, o Bispo se dirigiu à
sacada da Catedral para abençoar com o Santíssimo Sacramento toda a Diocese de
Campina Grande.
Tanto a Missa, quanto a Benção Apostólica
foram transmitida pela TV e pelo rádio.
O
QUE DISSE DOM DULCÊNIO:
“Meus queridos diocesanos.
Nesta radiosa manhã de Páscoa, da sacada
da nossa Sé Catedral de Campina Grande, dirijo-me a vós, como um sinal de
esperança, para dizer-vos: o Senhor é vivo!
A morte não pôde conter o Senhor da
Vida.
Creio que esta certeza deve ser
repetida, e mais que repetida, ecoada, para nutrir a chama da fé em nossos
corações.
A força do crer no Cristo Ressuscitado é
o principal ímpeto da vida humana com dignidade.
E, nestes dias de insegurança e de
sofrimento causados pela presente epidemia, a fé faz-se mais que necessária,
sendo o principal elemento vital para a humanidade.
Não uma fé qualquer, mas aquela
verdadeira, prenhe de vida plena, porque é a única deixada por Aquele que não
nos abandona, que sofreu, morreu e ressuscitou para dar-nos vida nova, a vida
da graça, graça que se difunde nos mais diversos aspectos do nosso bom viver,
ainda que com as suas desventuras e dificuldades cotidianas.
Ao valer-me da minha prerrogativa de
legítimo Sucessor dos Apóstolos, como vosso Bispo, como pastor diocesano,
encargos de minha parte imerecidos, desejo conceder a toda Igreja particular de
Campina Grande, com os seus sessenta e um municípios, a todo o rebanho a minha
fraqueza confiado, a minha Bênção Apostólica.
Tal como o sol que esparge raios para
todos os lados, que ela adentre em todos os corações dos meus diocesanos.
Entretanto, recordo-me mais
estreitamente daqueles que contraíram a epidemia do coronavírus.
E, na esperança e na certeza do
Ressuscitado, afirmo: há vida, meu irmão, minha irmã adoentados.
O Senhor veio para dar-nos vida
plenamente.
De acordo com a Sua sapientíssima
vontade, a vida não te será negada.
Aproveita para estar, confiante, no Calvário
com Jesus, na convicção de que, diante mão, com Ele, já venceste.
Penso nos diversos profissionais do
campo da saúde: médicos, enfermeiros, auxiliares, todos os que lidam com a
preciosidade da vida humana.
Sois instrumentos hábeis nas mãos de
Deus para levardes cura, alívio e conforto para tantos quantos buscam os vossos
cuidados, exigidos por tamanha calamidade.
Vós que vos renunciais; vós que vos
expondes ao perigo por amor e dedicação; vós que fazeis as vezes do Bom
Samaritano, sabei que muito mais do que a nossa gratidão, a recompensa de Deus
vos será dada profusamente.
Memoro aqueles que trazem a ordem e a
limpeza para a nossa sociedade em tempos tão difíceis.
Profissionais que, no dia-a-dia, não são
valorizados como deveriam. Espero que, de agora em diante, sejais encarados com
grande dignidade e com estimável valor.
A humildade do vosso trabalho não deve
ser encarada como um serviço dispensável; antes é essencial o que fazeis com
amor e com zelo.
Também saúdo aqueles que, não apenas na
força da Lei, mas pelo encargo da consciência, garantem a segurança em tempos
tão sombrios.
Lembro-me dos mais empobrecidos, dos
sem-teto, dos sem-comida, dos desempregados…
Olhemos igualmente por eles, para que
com a nossa ajuda fraterna, possam sair da margem social e que as dificuldades
e os perigos que enfrentam sejam superados com a nossa solidariedade, com a
nossa caridade, vendo em seus rostos a face do próprio Cristo, que Se
identifica com eles.
Pensemos nas nossas autoridades na árdua
labuta que têm e na grande missão que os aguarda.
Superadas todas a divisões e rixas
político-partidárias, superados os interesses subjetivos, governem o povo na
concórdia, na ordem e no progresso, recordando-se sempre de que, em primeiro
lugar, a vida humana vale mais do que outras dimensões sociais, econômicas e
políticas.
Às famílias que prateiam seus doentes e
seus mortos vitimados por esta epidemia a minha proximidade paternal.
Que a Virgem Maria, Imaculada Conceição,
Consoladora dos aflitos, apresente-vos, mais uma vez, o Seu Filho como alegria
e paz aos vossos corações.
Aos tantos pais e mães de família vai a
recordação do Bispo de Campina Grande.
Nestes dias de apreensão, fazei valer a
sacralidade do vosso lar, cultivando nele os valores do Evangelho, fazendo
valer a sua missão na sua igreja-doméstica.
Rezai com os vossos filhos, orai em
família!
A vossa prece é forte, sabei disto!
A força da fé vivida em família
fortificará os vossos corações e lares.
Enfim, como vosso pai na fé, é meu grave
dever confirma-vos nas virtudes necessárias à vida cristã.
Abençoando-vos, urge em mim o zelo
apostólico de ver-vos tementes a Deus, no caminho árduo para o Céu.
Que esta bênção traga-vos saúde para o
corpo e alma, afaste de vós os perigos, os medos e toda e qualquer insídia do
inimigo de Deus, Satanás.
Que o castigo, pela humanidade merecido,
seja-nos transformado em bênção, porque provém da misericórdia do Senhor, que
muito nos ama.
Que esta bênção promova conversões
sinceras ao Coração aberto do Senhor Ressuscitado, nosso Cordeiro Pascal.
Que Deus abençoe a todos!"
Dom Dulcênio Fontes de Matos
Bispo Diocesano de Campina Grande
(Por www.renatodiniz.com com informações da Diocesecg.org)
Fonte e fotos: Rafael Augusto e Joaquim Urtiga
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