Um estudo
publicado nesta sexta-feira, 22, na renomada revista científica “The Lancet”
apontou que a hidroxicloroquina e a cloroquina não só não apresentam benefícios
contra a covid-19, como também trazem risco de morte.
O estudo foi
feito com 96 mil pacientes hospitalizados e é o maior do mundo já realizado
sobre o uso do medicamento em casos do novo coronavírus.
Os achados
reforçam o que especialistas têm alertado: em alguns casos, a droga causa piora
cardíaca, o que pode levar o paciente a óbito.
Além disso, o
estudo comprovou que – diferentemente do esperado – não houve melhora na
recuperação dos infectados com a covid-19.
COMO FOI FEITO O ESTUDO?
Para essa
análise, os pesquisadores colheram dados de um registro internacional composto
por 671 hospitais em seis continentes.
Eles compararam dos dados de pacientes
com covid-19 que receberam cloroquina (1.868), hidroxicloroquina (3.016),
cloroquina com antibióticos de amplo espectro (3.783) ou hidroxicloroquina com
um antibióticos de amplo espectro (6.221), dentro de 48 horas após o
diagnóstico, com 81.144 outros pacientes que não receberam esses medicamentos.
A idade média
desses pacientes era de 53,8 anos, e 46,3% deles eram mulheres.
As
hospitalizações ocorreram entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020.
Segundo os
pesquisadores, os pacientes medicados com a hidroxicloroquina e a cloroquina,
incluindo em combinações com outros medicamentos já comumente utilizados,
apresentaram um risco maior de morte, se comparado aos que não fizeram uso das
duas drogas em questão.
E o que explica
esse risco aumentado é justamente a arritmia cardíaca causada pelos medicamentos.
Ainda de acordo
com o estudo, o aumento do risco de mortalidade hospitalar foi semelhante em
homens e mulheres.
CLOROQUINA LIBERADA NO SUS
O estudo saiu um
dia depois de o Ministério da Saúde, aqui no Brasil, mudar o protocolo de
tratamento de pacientes com covid-19 e liberar o uso de cloroquina mesmo em
quadros leves da doença.
Antes, a indicação era só para casos graves.
Essa mudança
causou diversas críticas da comunidade científica que viu com grande
preocupação essa decisão do governo.
Vale dizer que a
mudança de protocolo não é baseada em nenhuma evidência científica robusta que
a justifique.
(Por MSN)
Mas até pouco tempo mulher grávida podia tomar e comprar sem receita pra proteger os fetos de microcefalia não era?bando de hipócritas aproveitadores.
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