Internado há mais de um mês por
problemas respiratórios, um brasileiro preso por tráfico de drogas e
contrabando de cigarros driblou a escolta policial e escapou de um hospital
vestido de médico, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira
com o Brasil.
O caso aconteceu no último sábado, dia
30, em um hospital particular da cidade.
A Justiça decretou a prisão de cinco
pessoas acusadas de facilitar a fuga – um agente da Polícia Nacional, dois
guardas penitenciários e dois guardas da unidade de saúde.
“Ele saiu como um doutor, com bata de médico”,
explicou em entrevista coletiva o comissário da polícia paraguaia Aníbal
Franco, que agora está analisando as imagens de segurança da rua para verificar
em qual carro ele fugiu.
A polícia brasileira já está ciente do
caso.
Segundo investigações de autoridades
paraguaias e brasileiras, Kelvis Fernando Rodrigues, também conhecido como
Cabelo Mexicano, teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e
controlava rotas de escoamento de drogas e cigarros contrabandeados do Paraguai
ao Brasil.
Ele estava preso desde outubro de 2018,
como resultado de uma operação da procuradoria paraguaia.
Na ocasião, ele era
suspeito de ser o mandante da morte de um outro cigarreiro da região de
fronteira.
Em abril de 2019, a imprensa paraguaia
destacou que ele vinha tentando, por meio de manobras jurídicas, postergar a
sua extradição ao Brasil.
Com o sistema penitenciário
sobrecarregado e a expansão do PCC no país, o governo paraguaio adotou uma
política de extraditar o máximo possível de criminosos brasileiros.
A defesa de Rodrigues havia entrado na
Justiça com pedidos de liberdade alegando que ele tinha problemas respiratórios
e que não havia possibilidade de fuga, pois a fronteira está fechada.
(Por Veja)
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