Quanto custa uma morte por encomenda?
Segundo o titular da Delegacia de Homicídios (DH), Daniel Rosa, o grupo de
matadores cobrava até R$ 1,5 milhão por cada assassinato que praticavam.
Os
principais clientes seriam contraventores em disputas por pontos de exploração
de jogo.
Na manhã desta terça-feira (30/06), a Polícia Civil e o Ministério
Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram uma operação tendo integrantes do
bando como alvos .
"Foram prisões relevantes, não só
para esclarecer os casos em andamento na DH, como para proteger a população do Rio,
uma vez que eles matavam por dinheiro. Eles cobravam de R$1 milhão a R$ 1,5
milhão", afirmou o delegado.
Segundo Daniel Rosa, o grupo era
contratado para executar friamente.
O valor da morte por encomenda dependia da
dificuldade do "serviço", de acordo com o delegado.
"O nível de sofisticação chegou a
nos impressionar durante as investigações. Em alguns casos, os criminosos
usaram drones. Para fazer a vigilância de suas vítimas, ficavam seis, sete,
nove meses até conseguirem seu objetivo: executar friamente com diversos tiros
de fuzil", detalhou Rosa.
Um dos mandados de busca e apreensão foi
contra o contraventor Fernando Ignacio, genro do famoso bicheiro dos anos 80 e
90, Castor de Andrade, já falecido.
De acordo com o delegado da DH, ele é
suspeito de pagar o grupo pela morte de um rival conhecido como Andinho.
"As vítimas do Escritório do Crime
são, geralmente, decorrentes de desentendimento de grupos criminosos que
disputam o território no Rio", disse Rosa.
"A morte de Diotti, por
exemplo, foi por ordem do ex-capitão Adriano em disputa por área",
concluiu.
O bando de Mad foi investigado até
outubro de 2018 pela morte de Marielle, quando uma denúncia anônima chegou à DH
informando que Ronnie Lessa havia executado a parlamentar.
Mad e Tonhão,
inclusive, haviam sido ouvidos pela DH sobre o Caso Marielle, assim como o
ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, em agosto de 2018.
No entanto, o titular
da DH Capital, delegado Daniel Rosa, descartou a participação do bando na morte
da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
(Agência O Globo)
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