Um recém-nascido foi encontrado morto
dentro de uma caixa em uma casa no bairro do Presidente Médici, em Campina Grande,
na tarde desta sexta-feira (05/06).
De acordo com a Polícia Militar, a
suspeita é de que a mãe do bebê tenha praticado infanticídio após ter o parto
dentro de casa.
Segundo o tenente-coronel Rogério
Damasceno, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, a PM foi acionada pelo
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, por sua vez, foi chamado
pela avó do recém-nascido após encontrar o bebê na caixa e a filha apresentar
sangramento.
A avó do recém-nascido contou que não
percebeu a hora em que a filha colocou o bebê na caixa, mas suspeitou que ela
entrou em trabalho de parto após passar mais de uma hora no banheiro.
“Ela levantou de manhã, pegou uma toalha e
falou que ia tomar banho. Eu perguntei se ela queria ir no hospital, mas ela
disse que não. Então eu saí para limpar a calçada e quando voltei, falei para
minha outra filha que achava que a irmã dela ia ter o parto hoje”,
contou.
Estranhou que a filha estava há mais de
uma hora no banheiro, mas não viu quando ela saiu.
“Depois de um tempo ela se dirigiu ao quarto
e disse que ia dormir. Eu perguntei a ela se queria que ela lavasse umas roupas
e ela disse que podia lavar, exceto um lençol que estava lá”, disse a
avó.
A mãe da mulher disse que desconfiou e
pegou o lençol.
Ao abrir, encontrou a caixa com o bebê
enrolado na toalha. Segundo ela, o recém-nascido ainda respirava, mas pouco.
Ela chamou a outra filha e uma vizinha e
as três acharam melhor chamar o Samu.
Ao chegar ao local, a médica do Samu
constatou que o bebê havia morrido e que a mãe ainda não havia expulsado a
placenta.
A mãe do recém-nascido apresentava
sangramento e foi levada para a maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de
Almeida (Isea) e o Samu acionou a PM, a Polícia Civil e a perícia.
“Fomos informados de que havia um corpo de um
bebê em uma caixa e agora vamos ouvir todas as pessoas e colher as informações
para só então saber se houve ou não um crime”, disse o delegado
Cristiano Brito.
Ainda de acordo com a avó do bebê, a filha
dela tentou esconder a gravidez no início, mas nunca falou sobre tentar
abortar.
“Ela queria ter o bebê e eu até cheguei a
dizer que se ela não quisesse criar, a gente poderia doar para que alguém, até
aqui da rua mesmo, adotasse, mas ela nunca demonstrou intenção de interromper a
gravidez”, completou.
(DO G1 PB)
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