A
cidade de Campina Grande amanheceu sem ônibus nesta quinta-feira (04/06), após
um período de um “feriadão” de cinco dias, imposto pela prefeitura municipal,
visando conter a expansão do novo Coronavírus no município.
Por força de um Decreto, a sociedade
campinense foi “convidada” a ficar em casa no período de 30 de maio a 03 de
junho.
Nesta quinta-feira, após o cumprimento
do “mini-lockdown”, quando as atividades consideradas essenciais de Campina
Grande voltaram à sua condição de normalidade (será que podemos chamar esse
momento de “normal”?), eis que a população que usa o transporte público é
surpreendida com a ausência dos ônibus circulando na cidade.
A razão da suspensão da operação do
transporte público na cidade é atribuída a crise econômica, que gerou desemprego,
diminuição do número de passageiros pagantes e, por tabela, redução no
faturamento das empresas responsáveis pelo setor.
Aliás, já faz algum tempo que as
concessionarias pedem “socorro”, denunciando os problemas mais urgentes e
indicando caminhos para uma eventual saída da crise.
Campina Grande, a exemplo de outras
cidades brasileiras, está cuidando, atualmente, do combate à pandemia da
Covid-19, no que faz muito bem.
Entretanto, o transporte coletivo urbano
se constitui em um dos grandes desafios para os gestores urbanos.
Se a queda de passageiros já vinha se
acentuando antes da pandemia, agora o setor está diante de uma situação
dramática em consequência dos efeitos do novo Coronavírus, que nos últimos dias
levou a interrupção de muitas atividades, sejam elas privadas ou públicas, lamentavelmente.
Diante dos enormes desafios da crise
atual, o momento exige que as autoridades responsáveis pela gestão do
transporte público coletivo decidam tratar o problema de frente, dialogando, se
possível com a participação de outros setores da sociedade, a exemplo do
comércio e da indústria, para que a sociedade possa conhecer mais de perto o
problema e, quem sabe, contribuir com soluções para a situação.
Para gerar reflexões, trago aqui alguns
questionamentos:
Qual a importância do Transporte público
para a sociedade campinense?
É preciso entender que o sistema não é
dos “empresários do setor” e sim da sociedade.
Quem tem emprego tem que chegar ao
trabalho, portanto o Transporte Público é MEIO.
Na pauta dessa conversa, entre poder
público, concessionárias e sociedade não pode faltar as lições aprendidas até o
momento com a pandemia.
Como se dará o distanciamento entre os
passageiros nos terminais e no interior dos ônibus?
Todos sabemos que nos horários de pico
os transportes coletivos andam mais lotados.
Nos entre picos os ônibus andam vazios.
Não seria a hora de pensar no
reescalonamento dos horários de trabalho para otimizar a frota e diminuir o
custo do transporte?
Para obedecer ao distanciamento tem que
haver mais ônibus e isto aumenta o custo.
Como este custo será coberto?
A tarifa continuará sendo paga com o uso
de dinheiro, através de cédulas e moedas, que são fontes de contágio do
Coronavírus e de outras bactérias?
Haverá uma campanha institucional
através da mídia visando conquistar a confiança do passageiro para que ele
volte a usar o sistema?
Quais serão os caminhos para financiar o
transporte coletivo diante do cenário e quais ações podem ser tomadas agora
para desenhar um futuro melhor para a qualidade do transporte coletivo, com
foco no cliente e na mobilidade urbana de Campina Grande?
É preciso destacar na pauta de
conversações que o custo do transporte não pode mais ser pago só pelo usuário,
através da tarifa.
Outras fontes de financiamentos têm de
existir e este é mais assunto para ser discutido com a sociedade no menor
espaço de tempo.
Que o transporte público coletivo de
Campina Grande, para o bem da sociedade, tenha dias melhores!
(Por Fernando Soares, Jornalista)
E os clandestino, vadea na cidade cem lei
ResponderExcluirMeu amigo😎😎😎 eu quero novidade
ResponderExcluiro futuro dos transporte público e o VLT mais o prefeito junto com os empresário não querem que isso aconteça porquê será?
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