Criado no começo de julho no Instagram,
o perfil "Auxílio Injusto 013"
(@auxilioinjusto013) expõe pessoas de classe alta da cidade de Santos, no
litoral de São Paulo, que recebem o auxílio emergencial aparentemente de forma
indevida.
"Esta página e seus idealizadores não obtêm vantagens e muito menos agem com o intuito de vingança contra qualquer pessoa. O único propósito e objetivo é ajudar o governo a receber o dinheiro de volta aos cofres públicos e destinar esse dinheiro para realmente quem precisa e tem direito", diz um dos posts.
"Esta página e seus idealizadores não obtêm vantagens e muito menos agem com o intuito de vingança contra qualquer pessoa. O único propósito e objetivo é ajudar o governo a receber o dinheiro de volta aos cofres públicos e destinar esse dinheiro para realmente quem precisa e tem direito", diz um dos posts.
O iG tentou contato com os
administradores da página, mas não obteve resposta.
O perfil, na mesma postagem, incentiva
que sejam denunciadas as pessoas que recebem o auxílio indevidamente.
É possível fazer denúncias anônimas ao
poder público no Portal Fala.Br, da
Controladoria-Geral da União.
Verificar quem são os recebedores do
auxílio é possível desde a primeira semana de junho, quando o governo abriu os dados para consulta no Portal da Transparência, também ligado à CGU.
O perfil @auxílioinjusto013 faz buscas
no site do governo e "printa" os dados de pessoas de classe alta de
Santos, postando essas imagens junto com fotos dos beneficiários em que
ostentam viagens e objetos de luxo.
Os comentários na página, em maioria,
são de pessoas que apoiam a iniciativa de expor as possíveis fraudes.
Mas também há usuários do Instagram que
condenam a página, afirmando que não há como comprovar que as pessoas expostas não
necessitem do auxílio de “600 reais”.
A página afirma ter colaborado com a
devolução de valores indevidos aos cofres públicos.
"Total devolvido ao governo: R$
42,4 mil. Total economizado nos próximos meses: R$ 132 mil. Dinheiro público",
diz um post.
Por outro lado, os administradores do
perfil têm sofrido ameaças de processo judicial por pessoas que foram expostas.
(IG)
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