A nova Carteira Verde Amarela digital em
estudo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, vai permitir o registro por
hora trabalhada de serviços prestados pelo trabalhador para vários
empregadores.
Não haverá cobrança de encargos trabalhistas, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição previdenciária.
Não haverá cobrança de encargos trabalhistas, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição previdenciária.
Guedes pretende fazer uma "ponte" de transição entre
a assistência social do governo e os contratos regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Uma espécie de "rampa" para o trabalhador
informal subir e entrar no mercado formal de trabalho.
Na carteira, estará
registrada a quantidade de horas que o trabalhador faz para cada empregador com
a referência do salário mínimo.
A proposta está sendo construída pela
equipe econômica com apoio de estudiosos do assunto.
Um conselho informal de
políticas sociais, entre eles Ricardo Paes de Barros, José Márcio Camargo,
André Portela, Vinicius Botelho e Sergei Soares, tem tido reuniões com ministro
e técnicos do Ministério da Economia.
Modelo semelhante de assessoramento foi
criado na elaboração da proposta de reforma da Previdência, aprovada no ano
passado.
Com esse modelo simplificado de
contratação, o Ministério da Economia quer tirar os trabalhadores da
informalidade — um contingente de 38 milhões de "invisíveis" que a
crise econômica provocada pela covid-19 trouxe visibilidade.
Desse total,
calcula-se que 8 milhões são de pessoas miseráveis que estão fora da
assistência social e 30 milhões de trabalhadores sem carteira assinada.
IMPOSTO
DE RENDA NEGATIVO
A ideia do ministro é adotar um modelo
de Imposto de renda negativo, sistema pelo qual as pessoas recebem pagamentos
suplementares do governo, em vez de pagar impostos ao governo.
Uma das
possibilidades é uma alíquota de 20%.
Ou seja, se o trabalhador ganhar R$ 500,
o governo completa com mais R$ 100.
A proposta já constava no programa de
governo do presidente Jair Bolsonaro e volta agora num modelo associado à
Carteira Verde Amarela e a programas de microcrédito.
Em conexão com o Renda
Brasil, que substituirá o Bolsa Família, o governo vai desonerar a contratação
dos trabalhadores do novo programa.
Como mostrou o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) esta semana, a pandemia do novo coronavírus
provocou uma destruição massiva de postos de trabalho e, pela primeira vez,
mais da metade da população brasileira em idade de trabalhar não tem nenhuma
ocupação.
O diagnóstico da equipe econômica é que hoje os dois mundos da
assistência social e CLT não se conversam.
Por isso, a dificuldade encontrada
agora durante a pandemia e a distribuição do auxílio emergencial.
Guedes e sua
equipe consideram que o emprego mudou e vai mudar ainda mais no pós-covid,
exigindo a simplificação dos contratos e a redução dos encargos e enfrentamento
da CLT.
ATIVOS
O financiamento da Carteira Verde
Amarela é o grande entrave, mas o ministro avalia que é possível encontrar
respostas nos ativos do próprio governo para bancar a redução dos tributos.
O
ministro da Economia pediu ao IBGE para aprimorar os dados sobre os
"invisíveis" que já estavam fora do mercado de trabalho antes da
covid-19 antes e depois da pandemia, para saber quantos estão totalmente
desassistidos.
O primeiro modelo da Carteira Verde Amarela, editado por meio Medida
Provisória, caducou sem avanços na discussão do Congresso.
(As informações são do jornal O Estado
de S. Paulo)
Isso está parecendo uma armadilha para trabalhadores ... E precisa ser estudado pois sem FGTS quem faz tempo de serviço ao sair não vai receber nada só diria uma coisa C.U.I.D.A.D.O
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