Pela primeira vez desde abril, o ritmo de transmissão da covid-19 está em desaceleração no Brasil.
De acordo com dados do centro de
controle de epidemias do Imperial College, a taxa de contágio (Rt) no país foi
de 0,98, número que indica quantas pessoas são infectadas, em média, por cada
paciente do novo coronavírus.
Os dados foram verificados na semana que
começou no domingo, 16.
Isso significa que 100 pessoas
contaminadas contagiam outras 98 que, por sua vez, passam a doença para outras
96.
Essas contaminam 94 e assim
sucessivamente, o que comprova a desaceleração do contágio.
Em julho, o País apresentou taxas de
1,01, situação definida como "fora de controle".
O Brasil deixou a zona vermelha pela
primeira vez depois de 16 semanas consecutivas de taxa de transmissão acima de
1.
A nova configuração não significa controle
estabilizado da transmissão.
Nos últimos sete dias, a média móvel de
novos óbitos foi de 989 a cada 24 horas pelo novo coronavírus.
O País registrou nesta terça-feira
(18/08) 1.365 mortes e 48.637 novas infecções de coronavírus, segundo dados do
levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as
secretarias estaduais de Saúde.
No total, 110.019 vidas já foram
perdidas por causa da covid-19.
Os casos podem voltar a subir se as
medidas de prevenção não sejam tomadas.
Países como Espanha, Rússia e França
haviam conseguido reduzir os índices, mas registraram nova fase de aceleração.
Na América do Sul, o mesmo aconteceu com
Bolívia e Equador.
Na região, o Chile é o único outro país da América Latina
com taxa de contágio abaixo de 1 (0,85).
Esta também é a primeira vez nos últimos
quatro meses em que o Brasil deixou a liderança no número de mortes semanais.
Agora, o primeiro lugar está com a Índia, com 7,2 mil mortes por semana.
No País, a expectativa é de 6,9 mil
óbitos.
Os EUA adotam uma metodologia diferente
de cálculo por semana e não fazem parte do levantamento.
(Terra)
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