Atualmente 79 projetos de reinserção social de pessoas privadas de liberdade estão sendo coordenados pela Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) da Paraíba.
Um dos projetos de reinserção social
mais recentes é a fabricação de móveis rústicos e objetos feitos a partir de
madeira encontrada na natureza ou mesmo nas unidades prisionais.
Os diretores descobriram o talento de
alguns apenados e passaram a estimular a criatividade.
Na Colônia Penal Agrícola de Sousa, a
Seap vai instalar uma marcenaria e para isto será ofertado um curso de
marcenaria, informa o secretário Sérgio Fonseca.
Serão ofertadas 40 vagas por meio da
Gerência Executiva de Ressocialização e parceiros.
"A madeira utilizada na fabricação
dos móveis vem de materiais reaproveitáveis que temos na própria unidade. Então
o projeto deverá ser ampliado com a aquisição de máquinas e equipamentos pela
Seap. Dessa forma, em breve esperamos poder ofertar os móveis para venda a
interessados. O nome do projeto é Marcenaria Nova Esperança",
destaca o diretor da unidade, Charles Martins.
O gerente executivo de Ressocialização,
João Rosas, comemora que outros talentos no campo da marcenaria foram
descobertos na cadeia do município de São João do Cariri.
"Os presos utilizam restos de madeiras
típicas da região e estão produzindo móveis, relógios e tábuas para corte de
carne".
O diretor Robson Silva Ramos informa que
a primeira peça produzida foi uma tábua para corte de carne a partir do tronco
de uma algaroba, árvore comum no Cariri.
A Seap também vai expandir esse projeto
fornecendo equipamentos e incentivos.
No Sistema Penitenciário da Paraíba há
produção de bonecas, bolsas, sandálias, gêsso 3D, bolas de futebol, redes de
pesca artesanal, molho de pimenta em conserva, peças artesanais, produção de
verduras e legumes através de hortas orgânicas, dentre outras iniciativas de
ressocialização de pessoas privadas de liberdade.
"Até dezembro serão abertas
oficinas em algumas unidades prisionais ampliando assim o número de reeducandos
beneficiados com cursos profissionalizantes. Um número significativo de
apenados já tem atividades laborais em Secretarias e órgãos estaduais, além de
ocuparem postos de trabalho em empresas parceiras da Seap", pontua
o secretário Sérgio Fonseca.
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