Décio de Souza há 32 anos é delegado de Polícia Civil da Paraíba.
É concursado (1988), tem 60 anos de
idade, é diabético e tem problemas cardíacos.
Atualmente é delegado de Barra de Santa
Rosa, no Curimataú, vinculado a 13ªDSPC/Picuí, na mesma região.
Há 20 dias ele está acometido de covid-19
e encontra-se internado no Hospital Santa Clara em Campina Grande.
O policial gravou um vídeo onde aparece
usando um aparelho para ajudá-lo na respiração.
O delegado contraiu, conforme “suas”
palavras, o vírus durante a eleição.
Não só ele, mas também toda equipe
contraiu a doença.
Décio abre o jogo: é tão precária a
situação da 13ªSeccional que os delegados têm que fazer das “tripas, coração”
para dar conta de 12 cidades (pois são 4 delegados para 12 cidades).
Num tom emocionado ele declara que “como
sou policial (corre no sangue), jamais estaria em casa e minha seccional
precisando da minha ajuda. Me submeti para ir... Em nenhum momento me esquivei
de trabalhar. Não fiquei em casa, dei continuidade ao meu trabalho presencial...”.
Durante o vídeo, o delegado repete o que
outros policiais estão cansados de dizer: pela idade ele já poderia está em casa, descansando, aposentado, porém ao se aposentar desaparece quase ou mais da metade do salário.
Não creio francamente que parte
da categoria se importe com o pedido de que “a caneta funcione e assine o subsídio”.
O delegado faz um pedido e não um
insulto.
Certamente tem gente esperando que, por causa desse vídeo, quando o delegado se recuperar, receba uma punição "exemplar".
Ou seja: que a caneta funcione sim para colocá-lo
numa delegacia bem longe do seu convívio familiar.
Vida longa, Décio.
Que esse vídeo seja uma injeção de ânimo
e de alerta.
Sirva para acordar os próprios policiais
que teimam em fazer vistas grossas.
(Por www.ernatodiniz.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.