A Controladoria-Geral da União (CGU)
participa, nesta quarta-feira (09/12), da Operação Calvário – Décima Fase.
Nela, o irmão do ex-governador da
Paraíba, Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, foi preso no Bairro Bessa.
Ele teria deixado de cumprir medidas
cautelares impostas anteriormente.
Coriolano já havia sido preso em
dezembro, também no âmbito da Operação Calvário.
O trabalho é realizado em parceria com o
Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da
Paraíba (GAECO/MPPB).
O objetivo é dar continuidade às
investigações inerentes à atuação de organização criminosa, por meio da
contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços
essenciais da saúde e da educação no Estado.
INVESTIGAÇÃO
As investigações da Operação Calvário,
iniciadas em 2018, buscavam apurar irregularidades praticadas na Paraíba por
organização criminosa composta por Organizações Sociais (OS), empresas
comerciais e agentes públicos e políticos.
Os trabalhos investigativos são
conduzidos por diversos órgãos de combate à corrupção no Estado, que atuam em
fases específicas da Operação, conforme a origem dos recursos públicos
envolvidos.
Os levantamentos apontaram que, no
período de 2011 a 2019, somente em favor das OS contratadas para gerir os
serviços essenciais da saúde e da educação, o Governo da Paraíba empenhou R$
2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao
erário de mais de R$ 134 milhões.
A décima fase da Operação Calvário tem
por objetivo robustecer o conjunto probatório de situações detectadas nas fases
anteriores, principalmente no tocante aos crimes de ocultação patrimonial e de
lavagem de dinheiro.
IMPACTO
SOCIAL
As irregularidades praticadas pela
organização criminosa impactaram fortemente a qualidade do atendimento prestado
à população carente nos hospitais públicos estaduais gerenciados pelas
Organizações Sociais, bem como a qualidade do ensino público estadual prestado
à população da Paraíba.
DILIGÊNCIAS
A Décima Fase da Operação Calvário
consiste no cumprimento de 1 mandado de prisão preventiva e 2 de busca e
apreensão nas cidades de João Pessoa (PB) e Bananeiras (PB).
O trabalho conta com a participação de 2
auditores da CGU e de 12 servidores do GAECO/MPPB.
O mandado de prisão preventiva de
investigado é decorrente do não cumprimento de medida cautelar, qual seja, o
monitoramento eletrônico.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da
União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias.
Quem tiver informações sobre esta
operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio
de formulário eletrônico.
A denúncia pode ser anônima, para isso,
basta escolher a opção “Não Identificado”.
(Do Parlamento PB)
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