O mundo do futebol está novamente em
luto.
Campeão do Mundo com a seleção italiana
e carrasco do Brasil em 1982, o ex-jogador Paolo Rossi morreu nesta
quarta-feira (09/12), aos 64 anos.
A informação foi dada pelo canal RAI, e
confirmada pelos jornais 'Corriere Dello
Sport' e 'Gazzetta Dello Sport'.
A causa da morte ainda não foi
informada.
Eleito o melhor jogador do Mundial e
artilheiro da competição, Paolo foi quem marcou os três gols da vitória que
eliminou a seleção brasileira, apontada como uma das maiores da história, daquele
Mundial.
Nos últimos anos, Rossi atuou como
comentarista nos canais Mediaset e Rai, da Itália.
Ele deixa sua esposa, Federica, e três
filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro.
Nascido na cidade de Prato, na região da
Toscana, o ex-atacante foi revelado pelas categorias de base da Juventus.
Foi emprestado ainda aos 19 anos para o
Como.
No entanto, sua primeira passagem de
destaque foi pelo Vicenza, onde venceu o título da segunda divisão e foi
artilheiro na surpreendente campanha que deu ao pequeno clube o vice-campeonato
italiano na temporada seguinte.
O início promissor, que rendeu suas
primeiras convocações à seleção italiana e a participação na Copa de 78, foi
freado em 1980 por uma suspensão de três anos pela acusação de envolvimento em
um esquema de manipulação de resultados conhecido como Totonero.
A punição foi posteriormente reduzida
para dois anos, o que possibilitou sua convocação para o Mundial de 1982.
O desempenho de Rossi na Espanha,
entretanto, esteve longe do ideal nos três jogos da Itália na primeira fase
daquela Copa do Mundo.
Ele passou em branco nos três empates da
Azzurra, que só não voltou mais cedo para casa pelo critério de gols marcados.
Após cair num grupo com Argentina e
Brasil, o fim da linha parecia uma questão de tempos para os italianos, mas foi
aí que o Bambino d'Oro passou a deixar seu nome marcado na história do futebol.
Uma boa exibição na vitória por 2 a 1
contra a Argentina foi apenas uma amostra do que estava por vir.
Rossi fez a partida de sua vida contra a
seleção brasileira, que muitos consideram uma das melhores equipes da história
do futebol, e protagonizou a eliminação da Canarinho com três gols num jogo
que, para nós, se tornou conhecido como a “Tragédia do Sarriá”, nome do estádio em Barcelona no qual
o jogo foi disputado.
Marcou outros dois tentos na semifinal
contra a Polônia e também deixou sua marca no gol que abriu o placar da vitória
italiana por 3 a 1 sobre a Alemanha Ocidental, na decisão.
Após o Mundial, voltou a se destacar
pela Juventus, onde foi bicampeão italiano e também venceu Copa dos Campeões da
Europa [atual Liga dos Campeões da Uefa], em 1985.
Se transferiu ao Milan também em 1985,
onde teve uma passagem apagada, e encerrou a carreira no Verona, na temporada
1986/87, antes de completar 31 anos, após uma lesão ligamentar no joelho.
Em 2004, foi eleito por Pelé como um dos
123 melhores futebolistas vivos, em lista promovida pela Fifa para celebrar o
centenário da entidade máxima do futebol.
(Uol São Paulo)
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