terça-feira, 15 de dezembro de 2020

VACINA CONTRA A COVID-19: SAIBA O QUE É MENTIRA E O QUE É VERDADE

Em meio ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, diversas notícias falsas estão sendo disseminadas no Brasil e no mundo, preocupando parte da população que anseia por uma proteção eficaz contra o novo coronavírus.

Para evitar desinformação sobre o assunto, reunimos abaixo uma lista com diversas notícias sobre imunizantes em fase de testes ou que já são aplicados em outros países.
CONFIRA A SEGUIR:
MÉDICO DISTORCE DADOS SOBRE EFEITOS COLATERAIS PARA DESACREDITAR ESTUDOS DA CORONAVAC
Pediatra Anthony Wong tira do contexto índice de efeitos adversos brandos do imunizante pesquisado pelo Instituto Butantã.
O especialista explica que os resultados observados não indicam anormalidade.
CORONAVAC NÃO MATOU VOLUNTÁRIO NEM DORIA ANUNCIOU APLICAÇÃO DA VACINA EM NOVEMBRO
Morte não teve relação com a vacina e o que o governador de São Paulo anunciou foi a chegada de um lote de imunizantes.
MORTE DE VOLUNTÁRIO NÃO ESTÁ RELACIONADA A ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS CAUSADAS POR VACINA
Especialistas dizem que não há comprovação na literatura médica de que um imunizante possa causar danos neurológicos.
MÉDICO MORREU DE COVID-19, E NÃO POR EFEITOS ADVERSOS DA VACINA DE OXFORD
Enfermeiro usa morte de voluntário em testes para atacar vacina contra a covid-19.
CORONAVAC TEVE APENAS EFEITOS COLATERAIS LEVES; É FALSO QUE VOLUNTÁRIOS TENHAM MORRIDO
Imunizante em teste causou reações como dor de cabeça e dor local; participantes dos ensaios clínicos não relataram danos graves.
É FALSO QUE POTENCIAIS VACINAS CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS NÃO TENHAM PASSADO POR TESTES
Publicação no Facebook espalha desinformação sobre imunizantes e sugere existência de ‘vacina natural’ para a covid-19.
MÉDICO DISTORCE INFORMAÇÕES SOBRE EFEITOS COLATERAIS DA CORONAVAC
De acordo com Instituto Butantã, apenas 0,03% dos voluntários chineses que receberam imunizante tiveram reações adversas como perda de apetite, dor de cabeça e cansaço.
TODAS AS VACINAS EM TESTE NO BRASIL PASSARAM POR FASE PRÉ-CLÍNICA, AO CONTRÁRIO DO QUE DIZ MÉDICO
Imunizantes contra covid-19 já foram aprovados na etapa em que o composto é aplicado em animais, ainda em laboratório, para saber se ele é seguro para ser testado em humanos.
VACINAS CONTRA A COVID-19 NÃO SERÃO CAPAZES DE PROVOCAR DANOS GENÉTICOS NEM VÃO MONITORAR A POPULAÇÃO
Vacinas mRNA são desenvolvidas para não interferir no DNA humano e nada têm a ver com a instalação de microchips.
VACINA DO CORONAVÍRUS NÃO TERÁ MICROCHIP PARA RASTREAR A POPULAÇÃO
Não há nenhuma notícia de qualquer vacina com microchip em desenvolvimento no mundo, como tenta fazer crer uma publicação que viralizou nas redes sociais.
NÃO, VACINA CONTRA COVID-19 NÃO VIRÁ COM NANOCHIP PARA RASTREAR PESSOAS COM 5G
Nenhum dos imunizantes em desenvolvimento contra o novo coronavírus faz uso de tecnologias citadas em boato viral.
É FALSO QUE VACINA CONTRA COVID-19 CAUSE DANOS IRREVERSÍVEIS AO DNA
Imunizantes de mRNA são desenvolvidos para não interferir no DNA humano; não há qualquer evidência de que sejam capazes de causar danos genéticos.
POST CITA ACORDO ENTRE ASTRAZENECA E CHINA PARA FAZER CONCLUSÃO ENGANOSA SOBRE VACINA DA SINOVAC
Boato também afirma que biofarmacêutica Sinovac Biotech produziu testes em laboratórios de militares chineses; empresa desmente.
É ENGANOSO AFIRMAR QUE VACINA DE OXFORD USA ‘CÉLULAS DE FETOS ABORTADOS’
Linhagens celulares desenvolvidas a partir de tecidos humanos são comuns em pesquisas científicas.
VACINAS PARA COVID-19 QUE CHEGARAM AO BRASIL SÃO PARA TESTES E NÃO PARA IMUNIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Publicação no Instagram comemorava a chegada da vacina sem dizer que se tratava de um lote para teste em voluntários; autor corrigiu a informação depois de alertado pelo Comprova.
NÃO É VERDADE QUE VACINA DE OXFORD JÁ TENHA ‘COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA’ CONTRA COVID-19
Produto ainda precisa superar a terceira etapa de testes, que está sendo realizada com 50 mil pessoas e inclusive no Brasil.
NÃO EXISTE VACINA QUE CURE COVID-19 EM TRÊS HORAS
Boato no Facebook usa foto de kit de testes para detectar novo coronavírus.
VACINA DE CUBA CONTRA CORONAVÍRUS É FICÇÃO
País ainda não produziu vacina que previna contra covid-19.
UM EM CADA QUATRO BRASILEIROS RESISTE À IDEIA DE TOMAR VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS
Levantamento mostra maior índice de hesitantes na faixa dos 25 aos 34 anos (34%) e entre evangélicos (36%).
SOBE PARA 22% ÍNDICE DE BRASILEIROS QUE NÃO QUEREM SE VACINAR CONTRA A COVID-19, APONTA DATAFOLHA
Porcentual é muito superior aos 9% que haviam declarado recusa ao imunizante em pesquisa realizada em agosto.
VACINA CONTRA A COVID-19 PODE AUMENTAR O RISCO DE INFECÇÃO POR HIV?
Em carta publicada em outubro na revista científica The Lancet, os pesquisadores Susan P Buchbinder, M Juliana McElrath, Carl Dieffenbach e Lawrence Corey expressaram preocupação sobre o uso de um recombinante vetor de adenovírus tipo 5 (Ad5) para um estudo de vacina contra a covid-19.
Segundo eles, algumas vacinas que usam Ad5 podem aumentar o risco de que pessoas sejam infectadas com HIV.
"Há mais de uma década concluímos estudos de etapa e fase 2b de Phambili (nome do estudo) que avaliou um Ad5 vetorizado em vacina contra HIV administrada em três imunizações para eficácia contra a aquisição do HIV. Estudos internacionais encontraram um risco aumentado de aquisição de HIV-1 entre homens vacinados. O ensaio Step (outro estudo) descobriu que homens soropositivos para Ad5 e não circuncidado na entrada no ensaio estavam com risco elevado de aquisição de HIV-1 durante os primeiros 18 meses de acompanhamento", afirmaram os pesquisadores.
No caso, a vacina contra o HIV com Ad5 aumentava o risco de voluntários contraírem a doença.
Por isso, de acordo com os especialistas o vetor Ad5 não deve ser usado em vacinas com essa finalidade.
Além disso, a incidência de infecções por HIV precisa ser analisada com muita cautela durante estudos com outras vacinas que contenham na composição o Ad5, principalmente em áreas onde é alta a prevalência de pessoas soropositivas.
A vacina russa Sputnik V, elaborada para produzir resposta imune a partir de duas doses administradas em um intervalo de 21 dias, está entre as vacinas que utilizam o Ad5 na composição. 
Cada dose tem como base diferentes vetores virais que normalmente causam gripes comuns: os adenovírus humanos Ad5 e Ad26.
Outra vacina chinesa, a CanSino, também usa o vírus Ad5 para transportar material genético do coronavírus para o corpo.
Essa vacina que não tem nenhuma relação com a CoronaVac, que também é da China e está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantã.
Assim como a CoronaVac, outras vacinas que estão em teste no Brasil fazem uso de outro tipo de adenovírus.
(Por O Estadão)

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