Por Marcos Alfredo*
"Não há dúvidas.
Romero Rodrigues Veiga tornou-se, sem
exageros, uma marca de sucesso na gestão pública no Brasil.
Está saindo da Prefeitura da maior
segunda cidade da Paraíba num nível de popularidade que não tem precedentes na
história, com um legado invejável para qualquer prefeito, de qualquer município
de porte médio no País.
Não deixa de impressionar: é um homem
público que, há praticamente 30 anos, não apenas vem colecionando vitórias
seguidas, como tem cravado resultados nas urnas sempre crescentes em relação ao
pleito anterior, seja disputando mandatos pelo Legislativo, seja pelo
Executivo.
Por tudo isso, Romero Rodrigues até
poderia se permitir ser um homem embriagado pela própria carreira de êxitos
seguidos; ser um político embevecido pela constatação de que é alguém para quem
a sorte sempre sorri, um predestinado para cumprir missões que resultam
invariavelmente em vitórias.
Um iluminado, quem sabe.
E com um agravante, se assim procedesse:
é uma postura supreendentemente perdoada, sem grandes dramas, por uma sociedade
que reverencia em demasia o sucesso.
Mas, todos sabemos: Romero, o nosso
Romero, faz questão de ir na contramão de toda essa baboseira.
Em sua essência,
ele sempre será resposta pronta e acabada contra todas as armadilhas das fogueiras
das vaidades.
Com sua própria vida de homem simples e
dedicado ao trabalho e à família, Romero se tornou, ele mesmo, a síntese de uma
verdade universal: o caminho da virtude, embora muitas vezes seja alvo de
desdém por muitos, é o que permite o equilíbrio desse universo da vida pública
repleto de contradições, discórdias, intrigas, ambições desmedidas e sede
irrefreável de poder.
A simplicidade de Romero, a
característica a que todos admiram e reverenciam, na verdade é o maior
não-segredo da política paraibana.
Não é raro, para quem não o conhece, se
enganar com a aparência de homem comum, quase tímido, um cara desafetado pela
liturgia do cargo.
Não demora muito a se surpreender:
aquele moço sem frescuras ali tem uma áurea diferente, uma visão de mundo muito
singular e capaz de dialogar, sem qualquer problema, com um homem do campo, com
um especialista em ciência quântica ou com um presidente da República.
Por sinal, são inúmeras as imagens do
prefeito Romero dedicando preciosos minutos de seu tempo a uma gente geralmente
invisível aos olhos dos poderosos.
Foi assim, por exemplo, sentado no
meio-fio de uma das ruas da área do Parque do Povo, em 2018, numa manhã sem
muitas atividades do Maior São João do Mundo, que foi visto conversando sozinho
com uma senhorinha da equipe de limpeza da Prefeitura.
Horas antes, em plena madrugada, com o
rosto cheio de fuligem, com o cabelo desgrenhado, sentado num gabinete
improvisado, Romero comandou pessoalmente os trabalhos das equipes da
Prefeitura de assistência aos comerciantes, recebendo, uma a uma, as pessoas
afetadas pelo incêndio que atingiu várias barracas, e não só dando uma palavra de conforto, mas também a
garantia de apoio do poder público.
E isso é o que impressiona e cativa a
todos, indistintamente: Romero não foge à luta.
Durante a parte mais crítica da pandemia
que dizimou mais de um milhão de vidas em todo o mundo, este ano, não foi à toa
que Campina Grande chamou a atenção do Brasil: diante da guerra estabelecida
contra o novo coronavírus e a Covid-19, a cidade não teve – como a grande
maioria das outras – um gestor que, por medo e insegurança, administrou a crise
sanitária em gabinetes ou mesmo em casa.
Muito pelo contrário.
Com seu jeito discreto e objetivo,
Romero foi para a linha de frente, todo santo dia – fins de semana, feriados,
manhã, tarde e noite.
Foi um gigante.
Montou brigadas de higienização que
atuou em toda a cidade – com ele pessoalmente comandando -, ao mesmo tempo em
que também transferiu na prática o próprio Gabinete para o Hospital Pedro I,
onde só chegava todos os dias após cumprir uma rotina que muitos consideraram
suicida: passava logo cedo pela UPA Dr. Maia, no Alto Branco, conversava com as
pessoas infectadas, com as equipes da saúde, atuando como um gerente
qualificado para resolver todos os tipos de problemas.
De forma corajosa, Romero estabeleceu um
protocolo ousado em Campina Grande, com a cloroquina sendo a base de um
coquetel que passou a ser fornecido gratuitamente para todo mundo que
apresentava já os primeiros sintomas da doença.
Os boletins, em sua evolução diária,
atestaram as medidas corretas de Romero e equipe na travessia árdua contra a
Covid.
Melhor parar por aqui.
Porque Romero Rodrigues, pela dimensão
que alcançou em nossa cidade e em nossas vidas, como um líder nato e autêntico,
talvez só seja possível defini-lo em um livro, com muitos capítulos.
Todos somos muito felizes por ter você
em nossas vidas, Romero.
Que DEUS, a quem você faz questão de honrar em todas
as tuas falas e nas tuas atitudes, te mantenha sempre nesse caminho que você
escolheu de simplicidade, de servir ao próximo e de exercer seus mandatos com
instrumento de solidariedade e justiça social.
Por você, o nosso Romero, já deixou
claro que se não for assim, o poder não vale a pena".
*Marcos Alfredo é jornalista e foi coordenador
de Comunicação da Prefeitura Municipal de Campina Grande na administração
Romero Rodrigues.
(Por www.renatodiniz.com)
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