No pior momento da pandemia de covid-19 no País, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (26/02) que o governador que adotar medidas de restrições para evitar a propagação da doença, como recomendam autoridades sanitárias, deverá bancar novas rodadas do auxílio emergencial.
A fala ocorre no momento em que
governantes locais estudam e adotam medidas de fechamento para combater a
disseminação do vírus, que matou quase 253 mil brasileiros desde o início da
pandemia.
"O auxílio emergencial vem por
mais alguns meses e daqui para frente o governador que fechar seu Estado, o
governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial.
Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da
República essa responsabilidade", declarou Bolsonaro durante
visita às obras de duplicação da BR-222, em Caucaia/CE.
Na quinta-feira (25) durante live semanal, Bolsonaro disse que a
proposta estudada pelo governo é pagar o auxílio a partir de março, por quatro
meses e no valor de “250 reais”.
O pagamento da nova rodada do benefício,
segundo o chefe do Executivo, é "para ver se a economia pega de vez, pega
para valer".
Contrário a medidas de restrição e
incomodado com a pressão em cima do governo, Bolsonaro tem sugerido que a
população cobre de prefeitos e governadores o pagamento do auxílio.
"A pandemia nos atrapalhou
bastante, mas nós venceremos este mal, pode ter certeza", disse no
evento.
"O que o povo mais pede e eu tenho
visto, em especial no Ceará, é (para) trabalhar. Essa politicalha do ‘fica em
casa a economia a gente vê depois’ não deu certo e não vai dar certo."
Ele visitou obras da duplicação de
trecho da BR-222 e o anel viário de Fortaleza.
O trecho em duplicação liga o município
de Caucaia ao Porto de Pecém.
De acordo com o ministro da
Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, até março o governo deve entregar seis
quilômetros da duplicação.
Outros seis quilômetros devem ser
entregues até junho.
No evento, Bolsonaro agradeceu o apoio
da população para sua eleição em 2018 e enalteceu as entregas do governo.
“Nós sabíamos que não seria fácil, mas os
inimigos podem ter certeza de uma coisa: nós não nos entregaremos. Estamos aqui
hoje apresentando uma parte do serviço feito pelo nosso ministro Tarcísio, da
Infraestrutura. Como vocês podem notar, é um serviço de qualidade, coisa que
nunca teve aqui no Ceará”, disse.
Com o presidente da Caixa Econômica,
Pedro Guimarães, Bolsonaro também fez a entrega simbólica de três unidades
habitacionais, de um total de 240 apartamentos que serão entregues.
Mais cedo, o chefe do Executivo,
acompanhado de ministros, esteve no município de Tianguá/CE, onde assinou ordem
de serviço para a retomada de três obras rodoviárias.
(Por Estadão)
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