O ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, afirmou nesta terça-feira, 27, que tomou escondido a vacina contra a Covid-19.
Durante reunião do Conselho de Saúde
Suplementar, no Palácio do Planalto, ele explicou que foi orientado a tomar a
vacina escondido, mas que a informação acabou vazando: "Não tenho vergonha, não. Eu tomei e vou ser sincero, porque, eu, como qualquer ser
humano, eu quero viver. E se a ciência e a medicina estão dizendo que é a
vacina, né, Guedes, quem sou eu para me contrapor?", disse
Ramos também disse que o presidente Jair
Bolsonaro coloca a vida em risco ao não se vacinar e que tenta convencê-lo a
tomar o imunizante.
"Estou envolvido pessoalmente
tentando convencer o nosso presidente, independente de todos os
posicionamentos, que nós não podemos perder o presidente para um vírus desse. A
vida dele, no momento, corre risco, ele tem 65 anos", disse Ramos.
Na verdade, Jair Bolsonaro tem 66 anos.
Ramos não sabia que a reunião, em que
também estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo
Queiroga, estava sendo transmitida ao vivo pela internet.
Em nota, a Casa Civil disse que o
general foi vacinado no dia 18 de abril com a primeira dose da vacina da
AstraZeneca "como cidadão comum, em
seu carro e enfrentando fila como qualquer brasileiro. Ao dizer, de maneira
informal, que teria tomado a vacina 'escondido', o ministro se referia ao fato de
ali estar um dos mais de 38 milhões de brasileiros que já se vacinaram e não um
ministro de Estado. O ministro, portanto, não tomou a vacina de forma escondida
e nunca foi orientado a não relatar tal fato. Apenas não quis fazer desse
momento um ato político", encerra o texto, que acrescenta que a
imunização do ministro foi divulgada na imprensa.
(Por Veja)
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