quarta-feira, 14 de abril de 2021

PRISÃO DOMICILIAR PARA MULHER QUE FOI CONDENADA POR ASSASSINATO DO PRÓPRIO FILHO

O poder judiciário da Paraíba decidiu pela progressão do regime prisional da mulher acusada de tramar, com o amante, a morte do próprio filho.

Maria da Conceição Pereira do Nascimento, a “Luciana”, foi condenada a 18 anos e 4 meses de reclusão pela morte de Lucas Pereira da Silva, que tinha 11 anos de idade.
O crime aconteceu no final de maio de 2013 em São Sebastião de Lagoa de Roça.
“Luciana” já cumpriu mais de oito anos e sete meses em regime fechado: tempo mínimo de pena para uma progressão de regime.
Ela estava presa desde junho de 2013 no Presídio Feminino de Campina Grande.
Na época do júri a mulher foi condenada a 23 anos de reclusão, porém a defesa (advogado Alípio Bezerra Neto) recorreu e a pena foi reduzida (para 18 anos e 4 meses).
E nesta terça-feira (13/04) ela ganhou o direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto, mas por causa da pandemia vai ficar em prisão domiciliar.
Após o fim da pandemia ele deverá se recolher todas as noites na unidade prisional.
Para cometer o crime a mulher contou com a ajuda do amante Júnior Silvino que também foi preso.
Ele foi condenado a 22 anos de reclusão.
ENTENDA O CASO 
O corpo do menino foi encontrado dentro de uma casa abandonada no sítio "Manguape" de São Sebastião de Lagoa de Roça, no dia 03 de junho de 2013.
“Luciana”, que morava em Alagoa Nova, planejou, com o amante, a morte do filho.
José Júnior Silvino Santos se encarregou de matar o menino por uma recompensa de “1.000 reais”.
A polícia descobriu que Lucas flagrou a mãe beijando o Júnior Silvino.
O relacionamento de Júnior e “Luciana” era de pouco menos de um mês.    
Ela foi presa na noite em que encontraram o corpo da criança, 03 de junho.
Na época, Marcos Paulo Vilela, delegado regional, disse que a barbárie foi premeditada e sem precedentes.
O testemunho de um agricultor ajudou a esclarecer o crime.
Ele viu a mulher e um homem nas imediações de onde o corpo de Lucas foi encontrado.
A testemunha viu os dois saírem da casa, e ao tentar dar a partida na moto, o veículo não pegou. A testemunha perguntou o que estava acontecendo; o homem (Júnior Silvino) disse que faltou combustível; a testemunha ofereceu gasolina”.
Os assassinos levaram o menino numa moto para a morte.
O delegado completou dizendo que os culpados chegaram a tomar café na casa da testemunha minutos após o crime.
E enquanto Júnior Silvino mostrava nervosismo, a mulher aparentava tranquilidade.
Silvino foi preso em Alagoa Nova, pelo delegado Júlio Ferreira.                      Segundo o policial, o acusado ainda tentou fugir, mas foi preso “pelado” no meio da rua.
Ele confessou o crime e afirmou que tinha um “romance” de pouco menos de 30 dias com a mulher.
Ela teria oferecido “1.000 reais” pra matar o menino.
Lucas havia “visto” um beijo entre o casal.
Júnior afirmou que matou o menino com uma “gravata”.
A delegada de Alagoa Nova, Patrícia Ricarte, informou que assim que teve acesso ao boletim de ocorrência  percebeu que a mulher estava mentindo.
"A história de que a criança tinha sido levada por um estranho, não tinha cabimento. Ela criava uma situação para despistar".
REPORTAGEM DA TV BORBOREMA
Na segunda-feira (03/06/2013), pela manhã, quando segurava a fotografia do filho “desaparecido”, Maria da Conceição Pereira do Nascimento, então com 31 anos, se mostrava inocente e preocupada.
Ela falava para a reportagem da TV Borborema de um filho desaparecido desde a terça-feira (28/05).
Falava de um sofrimento, de uma dor de mãe.
Pura encenação.
Segundo a polícia, ele teve quatro filhos.
Lucas morava com um avô paterno em Alagoa Nova.
Os outros três com os avós maternos, na mesma cidade.
(Por www.renatodiniz.com)

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