O poder judiciário da Paraíba decidiu pela progressão do regime prisional da mulher acusada de tramar, com o amante, a morte do próprio filho.
Maria da Conceição Pereira do
Nascimento, a “Luciana”, foi condenada a 18 anos e 4 meses de reclusão pela
morte de Lucas Pereira da Silva, que tinha 11 anos de idade.
O crime aconteceu no final de maio de 2013
em São Sebastião de Lagoa de Roça.
“Luciana” já cumpriu mais de oito anos e
sete meses em regime fechado: tempo mínimo de pena para uma progressão de
regime.
Ela estava presa desde junho de 2013 no
Presídio Feminino de Campina Grande.
Na época do júri a mulher foi condenada
a 23 anos de reclusão, porém a defesa (advogado Alípio Bezerra Neto) recorreu e
a pena foi reduzida (para 18 anos e 4 meses).
E nesta terça-feira (13/04) ela ganhou o
direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto, mas por causa da
pandemia vai ficar em prisão domiciliar.
Após o fim da pandemia ele deverá se
recolher todas as noites na unidade prisional.
Para cometer o crime a mulher contou com
a ajuda do amante Júnior Silvino que também foi preso.
Ele foi condenado a 22 anos de reclusão.
ENTENDA
O CASO
O corpo do menino foi encontrado dentro
de uma casa abandonada no sítio "Manguape" de São Sebastião de Lagoa
de Roça, no dia 03 de junho de 2013.
“Luciana”, que morava em Alagoa Nova, planejou, com o amante, a
morte do filho.
José Júnior Silvino Santos se encarregou
de matar o menino por uma recompensa de “1.000 reais”.
A polícia descobriu que Lucas flagrou a
mãe beijando o Júnior Silvino.
O relacionamento de Júnior e “Luciana” era
de pouco menos de um mês.
Ela foi presa na noite em que
encontraram o corpo da criança, 03 de junho.
Na época, Marcos Paulo Vilela, delegado
regional, disse que a barbárie foi premeditada e sem precedentes.
O testemunho de um agricultor ajudou a
esclarecer o crime.
Ele viu a mulher e um homem nas
imediações de onde o corpo de Lucas foi encontrado.
“A testemunha viu os dois saírem da casa, e
ao tentar dar a partida na moto, o veículo não pegou. A testemunha perguntou o
que estava acontecendo; o homem (Júnior Silvino) disse que faltou combustível;
a testemunha ofereceu gasolina”.
Os assassinos levaram o menino numa moto
para a morte.
O delegado completou dizendo que os culpados
chegaram a tomar café na casa da testemunha minutos após o crime.
E enquanto Júnior Silvino mostrava
nervosismo, a mulher aparentava tranquilidade.
Silvino foi preso em Alagoa Nova, pelo
delegado Júlio Ferreira. Segundo o policial, o acusado ainda
tentou fugir, mas foi preso “pelado” no meio da rua.
Ele confessou o crime e afirmou que
tinha um “romance” de pouco menos de 30 dias com a mulher.
Ela teria oferecido “1.000 reais” pra
matar o menino.
Lucas havia “visto” um beijo entre o
casal.
Júnior afirmou que matou o menino com
uma “gravata”.
A delegada de Alagoa Nova, Patrícia
Ricarte, informou que assim que teve acesso ao boletim de ocorrência percebeu que a mulher estava mentindo.
"A história de que a criança tinha
sido levada por um estranho, não tinha cabimento. Ela criava uma situação para
despistar".
Na segunda-feira (03/06/2013), pela
manhã, quando segurava a fotografia do filho “desaparecido”, Maria da Conceição
Pereira do Nascimento, então com 31 anos, se mostrava inocente e preocupada.
Ela falava para a reportagem da TV
Borborema de um filho desaparecido desde a terça-feira (28/05).
Falava de um sofrimento, de uma dor de
mãe.
Pura encenação.
Segundo a polícia, ele teve quatro
filhos.
Lucas morava com um avô paterno em Alagoa Nova.
Os outros três com os avós maternos, na mesma cidade.
(Por www.renatodiniz.com)
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