O ator Paulo Gustavo morreu hoje, aos 42
anos, em decorrência da covid-19.
A informação foi confirmada pela equipe
do ator ao UOL.
Ele estava internado no Hospital Copa
Star, no Rio, desde o dia 13 de março.
"Às 21h12 desta terça-feira,
04/05, lamentavelmente o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da
covid-19 e suas complicações. Em todos os momentos de sua internação, tanto o
paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas
irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais
profissionais que participaram de seu tratamento", diz a nota.
"A equipe profissional que
participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao
sofrimento de todos", acrescenta o comunicado.
No hospital, o humorista ficou em estado
grave e foi tratado com ECMO, uma espécie de pulmão artificial.
Ontem, ele teve fístulas que causaram o
vazamento de ar do pulmão e desencadearam uma embolia gasosa — quando vasos
sanguíneos são obstruídos por bolhas de ar.
O boletim de ontem indicava que a
situação clínica era "instável e de extrema gravidade".
Após a piora, diversos amigos mandaram
mensagens de apoio para o humorista, como Tatá Werneck, Ingrid Guimarães e
Mônica Martelli.
Hoje, mais cedo, a equipe do humorista
informou que o quadro era "irreversível".
Paulo Gustavo deixa o marido, o médico
Thales Bretas, e dois filhos, Gael e Romeu.
O comediante, famoso pela personagem
Dona Hermínia, foi um caso raro de sucesso em todas as mídias e é dele o
recorde de filme que mais faturou em bilheteria na história do cinema nacional.
"Minha Mãe É uma Peça 3" levou
mais de 11,5 milhões de espectadores às salas do país e rendeu mais de “180
milhões de reais”.
Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em
1978, Paulo usou a cidade como cenário dos filmes "Minha Mãe É uma
Peça" e fazia piadas frequentes sobre a região.
Ele era casado com o médico Thales
Bretas, com quem teve dois filhos, Gael e Romeu, por meio de barriga de
aluguel.
Os meninos nasceram em agosto de 2019.
ESTREIA
NO TEATRO
O humorista se formou na escola de
teatro da CAL (Casa de Artes Laranjeiras) e se destacou em 2004 na peça
"Surto", com Samatha Schmütz, quando apresentou ao público a
personagem Dona Hermínia, inspirada em sua mãe, Déa Lúcia.
NA
TV,
o ator estreou em 2006 fazendo participações na novela "Prova de
Amor", da Record, e nos seriados "Minha Nada Mole Vida" e
"A Diarista".
Em 2016, destacou-se ao interpretar o
cabeleireiro Renée na minissérie "Divã", da Globo.
No mesmo ano, estreou "220
Volts" no Multishow, humorístico em que se destacou com vários
personagens.
Ele fez sucesso ainda no "Vai que
Cola", no "Ferdinando Show" e em "A Vila", todos
exibidos no Multishow.
SUCESSO
NO CINEMA NACIONAL
Paulo atuou no cinema em
"Divã" (2009), "Xuxa em O Mistério de Feiurinha" (2009),
"Os Homens São de Marte... e É pra Lá que Eu Vou" (2014) e "Vai
que Cola - O Filme", mas foi com a divertida e resmungona Dona Hermínia
que Paulo bateu recorde de bilheteria e fez milhares de pessoas gargalharem — muitas
por verem a própria mãe na personagem.
Em 2020, "Minha Mãe É uma Peça
3" se tornou a maior bilheteria do cinema nacional e o segundo filme mais
assistido da história.
(Uol)
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