A Polícia Federal apontou que a Itália busca há aproximadamented 25 anos a extradição do mafioso Rocco Morabito, apontado como líder da máfia calabresa 'Ndrangheta', considerada uma das maiores e mais poderosas organizações criminosas do mundo.
Os
investigadores dizem que a prisão do criminoso nesta segunda (24/05) tem uma
'importância histórica' para aquele país.
Ainda segundo a
corporação, o "rei da cocaína em Milão" é considerado o segundo criminoso mais
procurado da Itália.
O cálculo da PF
leva em consideração que Rocco Morabito estava foragido havia mais de 22 anos
quando foi preso em 2017, no Uruguai, a partir de informações levantadas pelas
autoridades Brasileiras.
Dois anos
depois, enquanto aguardava extradição, o mafioso fugiu da prisão.
Durante
coletiva, a PF ainda classificou a cooperação internacional que permeou as
investigação que levaram à prisão de Morabito em um hotel de João Pessoa.
No momento da
prisão, ele estava acompanhado de outro foragido italiano, que também foi
detido.
De acordo com a
PF, o segundo preso está na lista das 30 pessoas mais procuradas pela Itália.
Segundo os
investigadores, as apurações foram abastecidas pelo compartilhamento de
informações de um projeto da Interpol que envolve 11 Países, junto com o
departamento de Segurança Pública da Itália, para investigar a 'Ndrangheta'.
A PF indica que
tal troca de dados de inteligência foi fundamental para a operação que culminou
na prisão de Rocco Morabito.
A corporação
revelou ainda que o mafioso teria passado por ao menos três Estados
brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba, onde foi preso.
Além disso, há a
possibilidade de o italiano também ter passado por Santa Catarina.
As movimentações
serão objeto de apuração da PF.
Os
investigadores lembraram ainda que o 'histórico criminoso' de Morabito é muito
antigo.
"Há registros da atuação de Rocco Morabito
com a organização do tráfico de drogas entre Brasil e Europa desde a década de
1990, conforme investigação à época realizada no âmbito de Operação denominada
King", informou a PF em nota divulgada nesta segunda quando o mafioso
foi preso.
A PF diz que há
indicativos de que o preso estava envolvido em atividades criminosas no Brasil,
indicando que tais suspeitas também serão apuradas pela corporação.
(Estadão)
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