*Saiba a diferença entre a atitude de Tamires
e a atitude de um homem em Minas Gerais
O
bom exemplo.
Um ato de solidariedade, humanidade e
gratidão.
É assim que pode se resumir a atitude da
adolescente Tamirys Cordeiro, moradora do sítio “São Tomé”, em Alagoa Nova, no
Brejo.
Ela doou “300 mil reais” a FAP –
Fundação Assistencial da Paraíba – em Campina Grande, Hospital referência no tratamento do câncer na cidade e região.
A atitude dela surpreende e se entende.
Recentemente ela gravou um vídeo
contando o drama de conviver com um nódulo no pescoço que só lhe trazia dores,
medo e constante ansiedade, bem como a dificuldade de realizar uma cirurgia.
No vídeo, que viralizou nas redes
sociais e teve um alcance explosivo, ela solicitava uma ajuda de “5 mil reais”
para realizar o procedimento cirúrgico.
Resumindo: foi tanta a repercussão e
solidariedade das pessoas, que Tamirys conseguiu cerca de “500 mil reais” em
dinheiro numa vakinha virtual.
Além disso, o médico cirurgião Tito
Lívio se prontificou a fazer gratuitamente a cirurgia.
A cirurgia que ela fez foi um sucesso.
E num ato de humanidade, amor ao próximo
e grandeza, Tamirys foi ao Hospital da FAP e fez a doação do dinheiro.
O
PÉSSIMO EXEMPLO
Esse caso de
Tamirys remete a um caso que ocorreu em 2019, mas que infelizmente nada tem a
ver com solidariedade e gratidão.
Foi um exemplo
de egoísmo e desprezo à vida: a vida do próprio filho.
Na manhã de 17
de outubro de 2019 o pequeno João Miguel, que tinha completado dois anos de
idade havia poucos dias, morreu devido a complicações de uma atrofia muscular
espinhal (AME).
O caso ocorreu em Belo Horizonte/MG.
Ele chegou a ser internado no Hospital
Infantil João Paulo II (HIJPII), localizado no Bairro Santa Efigênia, Região
Leste da capital.
Em julho, também de 2019, o pai do
menino foi preso com suspeita de desviar a verba arrecadada de campanhas de
doações.
Mateus Henrique Leroy Alves, de 37 anos,
fugiu com mais de “1 milhão de reais” e vivia uma vida de luxo em Salvador.
A Polícia Civil
de Minas Gerais deu detalhes sobre o golpe aplicado por Mateus Henrique.
Ele foi acusado
de gastar cerca de “600 mil reais” arrecadados para ajudar seu próprio filho,
diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença degenerativa.
A dose do
medicamento custava “365 mil reais”.
Segundo a
polícia, Mateus vivia uma verdadeira vida de luxo em Salvador.
Ele morava em um
apart hotel de frente para a praia e gastava a quantia da vakinha virtual com
festas, roupas, correntes de ouro e até maconha.
As investigações
começaram no início de julho, quando a mãe da criança procurou a delegacia de
Conselheiro Lafaiete/MG.
Os trabalhos
foram conduzidos pelo delegado Daniel Gomes.
“Fomos
procurados pela mãe, que disse que o marido dela vinha apresentando um
comportamento estranho desde maio. Ele começou a se afastar da família e a não
participar com empenho das campanhas que eram feitas em prol do filho”,
contou Gomes.
Ainda segundo o
delegado, a mãe apresentou extratos bancários que comprovavam redução no saldo
das contas que guardavam o dinheiro das vaquinhas.
No total, eram
quatro contas-correntes, sendo duas administradas pela progenitora e duas pelo
suspeito.
Mateus Henrique
tinha as senhas da mulher e, por meio delas, fazia transferências para suas
contas a partir dos sistemas de internet banking.
Durante as
investigações, a polícia obteve a quebra do sigilo bancário do acusado e pôde
avançar ainda mais nas investigações.
Mateus deixou
Conselheiro Lafaiete em maio daquele ano.
Ele contou à
família que iria para Belo Horizonte com objetivo de fazer um curso de
vigilante.
Contudo, nunca
dava explicações sobre o curso.
Ele visitou a
cidade do interior por duas oportunidades durante o período, ambas com passagens
rápidas.
Segundo a
polícia, há possibilidade de Mateus ter cometido o crime de lavagem de
dinheiro, já que a quantia gasta é alta para um período tão curto.
O suspeito
estava casado com sua mulher há 13 anos.
O casal teve
dois filhos, um de 10 e o mais novo que sofre com a doença degenerativa.
Mateus estava
desempregado quando a vaquinha foi feita, segundo a polícia.
Em conversa com
a imprensa, ele disse que estava arrependido, mas ressaltou que era vítima de
extorsão.
“Deixa
a polícia investigar e vocês (jornalistas) vão saber o que era. Ostentação não
existiu. Eu peço desculpa, mas queria deixar minha família intacta, em
segurança”, disse.
No entanto, ele
também afirmou que pede perdão à esposa e a quem ajudou na campanha.
O acusado
responde pelos crimes de estelionato e abandono material.
Sobre a versão
dada pelo suspeito sobre uma possível extorsão, o delegado Daniel Gomes disse
que as datas apresentadas por ele não batem e que Mateus não apresenta
informações concretas sobre o fato.
Em setembro de
2020 ele foi condenado pela Justiça a sete anos e seis meses de prisão em
regime fechado por estelionato, mas foi absolvido da denúncia de abandono
material.
(Por
www.renatodiniz.com)
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