Uma certeza a Polícia Civil já tem: o assassinato de João Victor na manhã do domingo (06/06), em um apartamento no Centro de Campina Grande, foi premeditado.
O rapaz, que tinha 22 anos de idade, foi
morto sem defesa alguma numa atitude de violência extrema onde o assassino só
parou de esfaquear João Victor porque a faca quebrou.
Foram 23 golpes nas costas e outras
partes do corpo.
Houve luta corporal.
De um lado um jovem desarmado e acuado, do
outro, um pessoa armada e decidida a matar.
Ficou evidente que a vítima fez o que
estava ao seu alcance para não ser morta.
Mas o fator “surpresa” usado pelo autor
impossibilitou qualquer tentativa por parte de João Victor.
Não foram ouvidos gritos de socorro ou
se ele pediu ajuda acabou sendo impedido rapidamente.
O crime aconteceu dentro do apartamento
no 3ºandar do prédio localizado na Rua Luiz Soares.
Após o homicídio, o autor tomou banho e
fugiu.
O suspeito é Joan Edigley Costa Noberto,
29 anos, companheiro de João Victor.
A investigação do crime está sob a
responsabilidade do delegado Francisco Assis Silva e equipe.
Além de premeditado, foi passional,
disse o delegado.
Até então vizinhos não tinham “o quê dizer dos moradores do apartamento do
3ºandar”.
“O casal vivia de forma harmoniosa, discreta
e reservada. Não havia nada de estranho, mas dias antes a vítima desabafou com
um morador, pois estava se sentindo sufocada e que o companheiro era uma pessoa
extremamente violenta. Impedia ele (João) de até conversar com outras pessoas”,
afirmou o delegado Francisco Assis Silva.
Segundo o delegado, essa conversa João
teve com um morador há uns quinze dias atrás.
“A pessoa com quem João desabafou sugeriu que
ele saísse daquele relacionamento caso achasse que estava lhe fazendo mal, mas
não houve tempo...”, informou o policial.
Imagens que circulam nas redes sociais e
que chegaram à Polícia Civil mostram o suspeito chegando ao prédio, retirando
as sandálias dos pés para não fazer barulho e se dirigindo ao apartamento onde
estava João Victor.
Depois o suspeito deixou o prédio e foi para
Pocinhos onde residem os pais.
Durante a semana a polícia civil
realizou incursões na tentativa de localizar o acusado.
A família dele, inclusive, disse que
ajudaria a polícia.
“Familiares disseram que se ele aparecesse em
casa, eles (os familiares) se encarregariam de apresentá-lo na Delegacia. Até o
momento não tem nada que o defenda. O que transparenta é que ele é perverso,
perigoso, truculento e frio.”.
O delegado acrescentou que a brutal
morte de João Victor evidencia que o caso remete para a situação de posse, de
domínio, que extrapola, não tem limites.
O acusado tratou o rapaz como um objeto
pessoal, como propriedade sua.
“O que a gente nota é esse sentimento de
posse que existe entre duas pessoas, tipo: ‘se não for meu, se não ficar comigo,
não será mais de ninguém. Ou fica comigo ou eu mato’”.
(Por www.renatodiniz.com)
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