Um ex-mafioso da Itália que ficou preso durante 25 anos foi solto na terça-feira (1º de junho), o que causou um sentimento de revolta entre os parentes das vítimas dele.
Giovanni Brusca, o ex-mafioso, foi o
homem que detonou a bomba que matou o juiz Giovanni Falcone em 1992 — esse é um
dos homicídios mais famosos cometidos pela máfia.
O ataque matou Falcone, a mulher do juiz
e três policiais.
Meses depois, outro juiz que atuava em
casos que envolviam a máfia, Paolo Borsellino, foi assassinado.
Brusca foi preso em 1996.
Ele converteu-se em delator e ajudou o
Ministério Público a investigar clãs do grupo mafioso Cosa Nostra.
Em sua confissão, relatou ter
participado de mais de 100 assassinatos, inclusive um de um garoto de 14 anos,
que foi dissolvido em ácido (o garoto era filho de um informante da máfia que
colaborava com a polícia).
Rosaria Costa, a viúva de um policial
que Brusca matou, afirmou que Brusca só se tornou delator pelos benefícios em
sua pena, mas que ele não o fez por escolha íntima.
Maria Falcone, irmã de um dos juízes que
Brusca matou, afirmou estar triste, mas que Brusca tem direito de sair da
prisão.
VIDA
DE INFORMANTE
Ao se tornar informante da polícia,
Brusca ajudou os investigadores com casos de ataques feitos pela Cosa Nostra
nos anos 1980 e 1990.
Foram casos de bombardeios na ilha da
Sicília e na Itália continental.
Ele foi testemunha em um processo que
apurava se houve acordos entre policiais e a máfia.
A soltura também foi criticada por
políticos italianos.
(Do G1)
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