*Seis meses de investigação e em 15 dias
a policia executou operações
*12 assaltantes presos e três mortos
*Três carros apreendidos, além de armas,
dinheiro, munições e drogas
A
GUERRA CONTRA AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSOSAS:
O VOLUME DAS OPERAÇÕES POLICIAIS QUE TEM EVITADO ATAQUEM ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DA PARAÍBA
Os próximos dias certamente seriam de
muitos prejuízos para moradores de João Pessoa e de outras duas cidades
paraibanas - uma no Cariri e outra no Sertão.
Caixas eletrônicos de instituições
financeiras seriam explodidos, deixando um grande estrago na economia dos
municípios pequenos, principalmente.
A sensação de insegurança estaria mais
elevada e, o que é mais temeroso nesta história, às organizações criminosas
teriam bem mais dinheiro em caixa para potencializar outros crimes de roubo,
tráfico de drogas e assassinatos.
Ou seja, o ciclo da violência que se alastra
quando não é combatido.
Mas tudo isso não passou de
possibilidade iminente.
Nas últimas duas semanas, a Polícia
Civil da Paraíba presidiu investigações que foram decisivas para evitar ataques
criminosos contra a economia e a paz social de pelo menos três cidades.
Quase ninguém percebe (e a discrição tem
de ser essa mesmo), mas enquanto você 'folheia' este material, a Polícia Civil
atua nos bastidores da Investigação, antecipando-se a crimes de diversas
modalidades.
Um trabalho que "não aparece",
mas resulta em mais segurança para a população da Paraíba e até de outros
estados, já que as organizações criminosas de roubo a bancos não respeitam
divisas.
DRACO
Um dos braços fortes nessa luta é a
Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), sediada em João Pessoa, mas
presente em toda a Paraíba.
Nas duas semanas mencionadas, essa equipe
foi linha de frente na desarticulação de nada menos do que 15 investigados por
ataques a bancos e/ou carros-fortes no Nordeste, todos eles prestes a protagonizar
suas ações criminosas.
No decorrer de um minucioso trabalho de
investigação, em apenas duas semanas o grupo foi preso e neutralizado.
Em outras palavras, três ataques que
estavam sendo planejados contra instituições financeiras deixaram de acontecer
em João Pessoa, no Cariri e no Sertão da Paraíba, em um futuro próximo, graças
às operações policiais que você verá a partir de agora.
JOÃO
PESSOA, Janeiro de 2021
A informação se tornou pública há poucos
dias, mas ela começou a ser trabalhada há seis meses, sem que você, claro, tivesse
conhecimento do caso.
Policiais civis sem nenhuma espécie de identificação
visível saíram em veículos também descaracterizados por ruas da capital
paraibana, pontuando aqueles dados que acabaram de chegar ao conhecimento da
equipe.
Era preciso conferir bem de perto o que
já estava ganhando distância em direção ao interior do estado.
Investigar organizações criminosas não é
fácil.
A não ser no dia e hora marcados da
concretização dos crimes, esses grupos evitam andar armados, para não serem
pegos em abordagens policiais.
Sem 'flagrantes' que justifiquem sua
prisão e por vezes apresentando documentos falsos quando são parados em uma
blitz, os membros dessas quadrilhas não passam de inocentes até que se prove o
contrário.
É preciso monitorar cada passo dos criminosos
para surpreendê-los no momento certo.
CAMPINA
GRANDE, Junho de 2021
O Renault Sandero vermelho, de placa POJ
7794, que já estava sob as anotações da DRACO e da Delegacia de Crimes contra o
Patrimônio de João Pessoa, não quis seguir a ordem de parada da Polícia
Militar, numa blitz de rotina em Campina Grande, no dia 27 de junho de 2021.
Por algum motivo, o condutor do carro
preferiu ignorar a barreira policial e seguiu em disparada.
Uma guarnição da PM iniciou uma
perseguição e, na fuga, os criminosos perderam o controle do veículo, bateram o
carro e fugindo pelo matagal, já na zona rural de Boa Vista.
Eles fizerem um agricultor da região
refém, de modo que, à noite, esse cidadão levasse os fujões até um local onde
os comparsas da dupla estariam aguardando.
Esse resgate seria feito por membros da
quadrilha em um Gol de cor branca. O que eles não sabiam é que o carro - de
placa ORR 1808 - também já constava nas anotações das equipes de investigação e
também vinha sendo monitorado pelas polícias Civil e Rodoviária Federal.
Ao passarem em determinado trecho da BR 230
em Campina Grande, equipes da DRACO e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF)
deram ordem de parada aos ocupantes do carro.
Os criminosos reagiram com tiros, dando
início a um tiroteio que resultou na morte de três homens que iriam resgatar a
dupla do Sandero.
Era o início da desarticulação da
quadrilha que já tinha planos de realizar pelo menos três assaltos a
instituições financeiras na Paraíba.
PATOS,
10 de Julho de 2021
O grande 'radar' em que se transformou a
Polícia Civil da Paraíba em busca de organizações criminosas especializadas em
ataques a instituições financeiras detectou movimentações suspeitas no Sertão
paraibano.
As polícias Militar e Rodoviária Federal
entraram na 'guerra', bem como o Corpo de Bombeiros, formando a Operação Máchi.
No dia 10 de julho, a união das forças
de segurança prendeu 08 suspeitos de envolvimento em ataques a bancos, tráfico de
drogas, lavagem de dinheiro e roubo de gado.
Entre os presos, consta um policial
militar de Brasília.
Ele seria o homem responsável pela
segurança do grupo.
Além de munições e armas, a Operação
centralizada no município de Patos apreendeu aproximadamente cem mil mudas de
maconha, na cidade de Janduís/RN. No local, havia três tendas já armadas para
acampamentos, redes de dormir e vários utensílios.
Era um tipo de ponto-base tanto para
fiscalizar o plantio da droga como para servir de alojamento aos assaltantes de
banco.
BREJO
DO CRUZ, dois dias depois
A investida policial contra os oito
membros do grupo, no dia 10 de julho, não se deu por satisfeita. Era preciso
prender mais pessoas dessa quadrilha, conforme apontava a investigação.
Bastaram 48 horas.
No dia 12, equipes das polícias Civil e
Militar prenderam mais um nome do grupo, no município de Brejo do Cruz.
Ele estava com uma pistola Glock, a
quantia de “14 mil reais” e 12 celulares.
JOÃO
PESSOA, um dia depois
No dia 13 de julho, o 'radar' se voltou
ao início dos trabalhos.
As polícias Civil e Rodoviária Federal
agiram juntas novamente e descobriram o paradeiro de outros três investigados.
Eram os mesmos que abandonaram o Sandero
vermelho na zona rural de Boa Vista.
Eles foram presos no bairro Costa e
Silva, na capital paraibana, com um Fiat Toro de cor branca e placa OEZ 05322.
O terceiro na lista de anotações.
(Saulo Nunes/ Assessoria PC/PB)
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