A cirurgia a que o Papa Francisco foi submetido hoje (04/07) já terminou, segundo a mídia italiana.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde de Francisco, que passou pelo procedimento cirúrgico para tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon.Mais cedo, o Vaticano informou que divulgaria um boletim médico ao término da operação.
De acordo com o jornal Corriere della Sera, o pontífice, que tem 84 anos, chegou ao Hospital Policlinico A. Gemeli, em Roma, por volta das 15h00.
A cirurgia foi realizada pelo especialista e professor Sergio Alfieri.
Em nota divulgada neste domingo (04), o Vaticano afirmou que a intervenção já estava agendada e que, por isso, não há apreensão.
Antes de se internar, o líder da Igreja Católica participou da tradicional oração do Angelus, na Praça São Pedro, no Vaticano.
O papa informou que fará uma viagem em setembro para a Hungria e a Eslováquia, mas não disse que faria a cirurgia.
Por que o Papa teve de passar por cirurgia.
A estenose diverticular sintomática do cólon é consequência da doença diverticular, que é a formação de "bolsinhas" (divertículos) no intestino grosso.
"Essas 'bolsinhas' podem sofrer inflamações frequentes — chamadas de diverticulite. Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose", explica Suzete Notaroberto, médica pela PUC-Campinas, com residência em gastroenterologia pela Unesp de Botucatu.
Nem todos os casos exigem que o paciente passe por cirurgia.
O procedimento é necessário quando o estreitamento dificulta muito a passagem e há risco de obstrução intestinal.
"No caso do papa, provavelmente eles vão tirar um pedaço do intestino que está estreitado", afirma a médica da PUC-Campinas.
Os sintomas podem incluir dor e distensão abdominal, dificuldade e até parada na evacuação.
"Se não for resolvido a tempo, pode até evoluir para uma perfuração intestinal", diz Notaroberto.
"Entretanto, quando a estenose ainda é pequena e as fezes ainda estão passando, é possível programar a cirurgia, como parece que foi o caso do papa”.
(Uol)
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