A professora Daiana Francisca de Almeida Santos, de 37 anos, viralizou em redes sociais após colocar uma faixa no carro com a frase: “Enfim divorciada”.
O objetivo era comemorar a separação do
ex-marido, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
Sete anos após sair de casa, a mulher
conseguiu a certidão na quinta-feira (1º/07), depois de um ano tentando
registrar em cartório.
“Me libertei. Fiz essa faixa para comemorar
depois de tanto tempo, depois de ter passado por tanta coisa em um
relacionamento abusivo”, disse.
Daiana conta que se casou em 2002,
quando tinha 18 anos e estava grávida do primeiro filho.
Ela e o marido moraram juntos por 12
anos.
Durante esse tempo, chegaram a terminar
o relacionamento por alguns meses, mas acabavam reatando.
A professora conta que sofreu com
traição, ameaças e até agressões físicas, mas não chegou a fazer registro na
polícia.
Em 2014, ela decidiu dar um basta na
situação e saiu de casa.
Porém, não tinha oficializado o divórcio
no cartório.
“Não sabia o que poderia significar o
divórcio para mim. Meu ex-marido não fazia questão também de se divorciar, acho
que para manter a sensação de domínio sobre mim”, disse a professora.
O G1 não conseguiu contato com o
ex-marido de Daiana.
Há um ano e seis meses, ela decidiu que
precisava da certidão para se sentir, de vez, livre do relacionamento.
“Quando você não assina o divórcio, você
ainda acha que está presa a alguém”, contou.
O processo veio se arrastando por
dificuldades em conseguir pagar um advogado.
Porém, agora, o desejo é virar a página
e criar uma nova etapa da sua história.
REPERCUSSÃO
Daiana disse que, ao imprimir a faixa e
colocar no carro, o objetivo era comemorar essa mudança na vida.
Porém, o caso ganhou muita repercussão
na cidade.
Muitas pessoas tiraram foto do carro
decorado e começaram a postar em grupos de mensagem e redes sociais.
“Algumas delas eram com críticas a mim, pela
minha atitude. Então, eu mesma resolvi postar as fotos e contar minha história
para falar do que sofri e mostrar porque tinha feito aquilo”, concluiu.
(Do
G1)
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