Na tarde desta quarta-feira (11/08), por maioria dos votos da Câmara dos Deputados, foi aprovada a cassação do mandato da deputada Flordelis , por 437 votos a 7.
Outros 12 deputados se abstiveram.
Além de perder o cargo, a deputada
ficará inelegível por determinação da Lei da Ficha Limpa.
Para que a decisão fosse tomada, eram
necessários pelo menos 257 votos favoráveis.
Flordelis é acusada pelo Ministério
Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor
Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).
O relator do processo, deputado
Alexandre Leite (DEM-SP), afirmou que a deputada usou o mandato para coagir
testemunhas e ocultar provas.
Ele ressaltou que a análise do Conselho
de Ética se limitou a fatos considerados antiéticos, sem entrar no mérito de
quem é o culpado da morte do pastor Anderson do Carmo.
O relatório, segundo ele, comprova o uso
indevido do mandato pela deputada.
"O que se extrai desse processo no
âmbito de Conselho de Ética são os fatos antiéticos, como o uso do mandato para
coação de testemunha e para ocultação de provas", disse Alexandre
Leite.
Nesta quarta, a parlamentar foi
pessoalmente ao plenário se defender e discursou, implorando aos deputados que
não votassem favoráveis à cassação.
Na ocasião, ela afirmou que sairia de
cabeça erguida, caso perdesse o mandato.
"Caso eu saia daqui hoje, saio de
cabeça erguida porque sei que sou inocente, todos saberão que sou inocente, a
minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha
liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo
injustiçada", declarou.
Flordelis também disse que seus colegas
na Câmara não se interessaram em ouvir sua defesa, e que se arrependeriam do
resultado.
"O Tribunal de Júri vai me absolver e vocês,
quando colocarem suas cabeças no travesseiro, vão se arrepender".
(iG)
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