A assessoria do Hospital de Trauma em Campina Grande publicou nesta quinta-feira (09/09) uma informação que simboliza solidariedade, amor ao próximo e humanização.
Uma criança de nove anos foi
alfabetizada dentro do hospital.
É algo extraordinário, emocionante e que
envolve muita dedicação.
Conforme o Trauma, o Núcleo de Apoio e
Diagnóstico da Pessoa com Deficiência, concluiu um trabalho pioneiro que
integra as ações do projeto de tratamento humanizado da unidade: a
alfabetização de uma criança que está internada há quatro anos na UTI Infantil.
Alexsandra Barbosa é portadora de
distrofia muscular congênita e depende
de ventilação mecânica.
Dentro da unidade ela recebeu o diploma
em uma cerimônia simbólica ao lado dos pais Adeildo dos Santos e Edilene
Barbosa.
De acordo com a assessoria, o processo pedagógico começou em 2020, mas com a
pandemia teve uma pausa e retornou agora em 2021.
O trabalho multidisciplinar contou com
as participações dos profissionais dos setores de serviço social, psicologia,
UTI infantil e da Secretaria de Educação do município de Juazeirinho, onde a
menina mora.
Para a professora pedagoga do
Atendimento Educacional Especializado (AEE), Lilian Valeria Costa, “esse
é um trabalho pioneiro em que o profissional da educação sai de dentro da sala
de aula para atuar no hospital onde a criança está interna e, no caso, presta o
seu serviço à criança que necessita desse acompanhamento”.
De acordo com a psicopedagoga do
Trauma-CG, Siudete Costa, “a inserção da classe pedagógica no ambiente
hospitalar é extremamente importante no momento em que a criança está afastada
do seu ambiente normal de vida, do seu lar e da sua própria escola”.
TRATAMENTO
HUMANIZADOA médica Noadja Andrade, pediatra e
coordenadora da UTI Infantil, disse que a iniciativa faz parte do projeto de
tratamento humanizado realizado pelo Trauma.
“Estamos aproveitando esse potencial de
Alexsandra de inteligência e entendimento para promover também outros
conhecimentos da tecnologia, conforme a sua faixa etária”.
Ainda, segundo a médica, “apesar de a menina ter patologia de
distrofia muscular crônica com dependência da ventilação mecânica, o problema
não afetou a sua função cerebral, o que possibilita que seja uma criança que
saiba ler e escrever e se tornar independente”.
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