O delegado Ramirez São Pedro da
Delegacia de Homicídios em Campina Grande ouviu em depoimento o pai da
adolescente de 12 anos que foi vítima de abuso sexual na tarde da terça-feira
(31/08).
O homem acabou matando o suspeito com seis tiros na cabeça e abdome.
Conforme as investigações, o suspeito
abordou a menina na frente da casa dela, teria feito carícias nas partes
íntimas, mas foi detido pelo tio da garota e outras pessoas.
O pai chegou pegou uma arma e efetuou
os disparos.
Na sexta (03/09) o delegado concedeu
entrevista a Patrulha da Cidade/TV Borborema/SBT.
O homem se apresentou acompanhado de
advogado na tarde da quinta (02/09).
De acordo com Ramirez, o pai da menina
estava bastante emocionado e não se esquivou em responder qualquer indagação no
interrogatório.
“Foi um depoimento bastante extenso...
Segundo ele, recebeu uma ligação por volta das 15h00 (da sua filha de nove anos,
aos prantos), narrando que a irmã dela, de 12 anos, havia sido estuprada. Ele (o
pai) já se encontrava no carro no Bairro das Malvinas, próximo a casa onde a
criança se encontrava e segundo ele num momento de violenta emoção foi até o
local e lá chegando encontrou o suspeito em via pública contido por populares e
também pelo tio da criança”.
Na entrevista o delegado prossegue
informando que o pai da menina tentou se aproximar do suspeito.
“Segundo ele, com a cabeça quente tentando
agredi-lo, mas os populares não deixaram. Ele entrou na casa da avó da criança
e lá foi confirmado realmente o fato”.
O delegado contou também que o pai da
menina encontrou todos muito nervosos, chorando e foi em busca de uma arma.
“Ele foi até o quarto da casa onde havia uma
arma de fogo (um revólver) e de posse dessa arma foi até a via pública, se
aproximou o suspeito da violência sexual que estava sentado numa calçada e ‘descarregou’
o revólver”.
Foram quatro tiros na face e dois no
tórax, de acordo com a polícia.
“Depois disso ele fugiu no veículo que ele
estava junto com a companheira, jogou a arma no canal (inclusive nós fizemos diligências
com objetivo de recuperar essa arma, mas não foi possível – um local bastante
complicado de fazer essa recuperação do objeto”.
Ainda sobre a arma, o delegado informou que
o autor dos disparos afirmou que “o irmão dele foi vítima de uma tentativa de
homicídio a cerca de um mês e teria comprado essa arma para proteger a família" (esse caso, segundo Ramirez, está sendo investigado pela delegacia Distrital das Malvinas).
PAI DA MENINA FOI INDICIADO
O delegado disse que o o pai da menina foi
indiciado pelo homicídio.
O policial usou o termo “homicídio
privilegiado” que é, conforme Ramirez “quando se age por violenta emoção”.
No depoimento o homem informou
que o suspeito da violência sexual já tinha sido visto anteriormente “na
frente da escola, por mais de uma vez observando as meninas”.
A Polícia Civil também recebeu
informações de que o suspeito era usuário de drogas.
Por fim, Ramirez São Pedro acrescentou
que o autor dos disparos foi indiciado por homicídio (na figura do ‘homicídio
privilegiado’), mas houve também o excesso (dos disparos).
“A princípio ‘nós não vamos’ solicitar a
Prisão Preventiva. Encaminharemos o caso ao judiciário e ao Ministério Público
que analisarão se ele vai responder em liberdade ou preso”.
(Por www.renatodiniz.com)
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