O delegado Ramirez de Almeida São Pedro, da Delegacia de Homicídios, comandou uma equipe de 40 policiais civis na manhã desta terça-feira (15/09) para cumprir dois Mandados de Prisão Temporária e oito Mandados de Busca e Apreensão nos Bairros Mutirão e comunidade São Januário/Bodocongó, em Campina Grande.
Resultado: dois irmãos foram presos.
Eles são suspeitos da morte de um adolescente em maio deste ano.
Um carro foi apreendido.
Segundo Ramirez, o veículo pertence ao
mandante do crime.
“Predemos os dois suspeitos, identificamos
quem apontou a vítima e que mandou matá-la”.
O adolescente Luan Figueiredo da Silva, de 17 anos de idade, foi
assassinado na Rua Luís Tomás da Silva, no Bairro Mutirão.
Foram oito disparos que o atingiram na
cabeça e outras partes do corpo.
O crime ocorreu num estabelecimento onde
tem uma piscina frequentada pela comunidade.
Em entrevista a Patrulha Cidade/TV
Borborema/SBT, o delegado esclareceu que o adolescente foi executado por ordem
do líder de uma das duas facções criminosas que lotearam o Bairro Mutirão.
“A motivação do crime está bem definida: foi
realmente por causa dessa guerra entre as duas facções. Ele era morador da
parte baixa do bairro”.
Ramirez acrescentou que “nós
constatamos, lamentavelmente que o Bairro Mutirão está dividido por duas
facções criminosas. E ‘informalmente’ repartiram o bairro: a parte de cima fica
com uma facção e a parte de baixo com outra facção, causando vários transtornos
aos moradores do bairro. Além disso, esses ‘faccionados’ estão se digladiando,
ocorrendo vários confrontos armados. A Polícia Civil já fez várias incursões no
bairro, a Polícia Militar já apreendeu várias armas e nós conseguimos identificar
os integrantes de uma das facções que teriam participado e executado a morte do
adolescente”.
Os presos foram identificados como Raone
e Richard, um deles cumpre pena no regime semiaberto.
Os dois negaram o crime.
Não é de hoje que duas facções
criminosas no Bairro Mutirão procuram resolver suas diferenças de maneira “pacífica”,
sem colocar em risco os seus “negócios”, sem chamar a atenção da polícia ou sem
colocar em risco a vida dos inocentes cidadãos.
Conforme todo mundo já sabe, ficou
definido que os membros da gangue “lá de cima” não frequentam a parte baixa do
bairro e os membros da gangue “de baixo” faz o mesmo: não vai “lá pra cima”.
Mas isso não funciona e os crimes de
morte e tentativa de morte abriram os olhos da Polícia Civil.
Vale lembrar que nos anos 2011 e 2012 o
Mutirão era exemplo negativo de Bairro Violento, mas a polícia agiu.
Criminosos foram presos ou "neutralizados.
Em janeiro 2013, inclusive, o então comandante do
2ºBatalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Souza Neto inaugurou uma Unidade
de Polícia Solidária, houve um envolvimento maior das forças de segurança na
comunidade e a tranquilidade voltou a fazer parte do cotidiano.
Essa tranquilidade não pode ser
quebrada.
(Por www.renatodiniz.com)
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