Pela segunda vez o júri popular absolveu o acusado de matar o marceneiro Ivanildo de Souza Demétrio no sítio “Geraldo”, em São Sebastião de Lagoa de Roça.
O crime ocorreu na noite de 19 de março
de 2019.
A primeira absolvição de Henrique
Pinheiro ocorreu em 18 de novembro de 2019, mas
o Tribunal de Justiça da Paraíba anulou.
E a segunda absolvição aconteceu nesta
segunda-feira (29/11) no Fórum Samuel Duarte em Esperança.
Segundo Henrique, o Ivanildo morreu
porque abusava da enteada.
A garota é namorada de Henrique.
Nas duas vezes, os advogados Alípio
Bezerra Neto, Fabiana Fortunato e Fernandes Braga atuaram na defesa.
A defesa alegou legítima defesa de
terceiro.
O segundo júri, o acusado aguardava em liberdade
Agora não cabe mais a apelação do
Ministério Público.
O júri foi presidido pela juíza Paula
Frassinetti Nóbrega de Miranda Dantas e o Ministério Público fio representado
pelo promotor Ismael Vidal de Lacerda.
ENTENDA
O CASO
O marceneiro Ivanildo de Souza Demétrio,
então com 36 anos de idade, foi morto na noite de 19 de março de 2019 por dois
homens encapuzados.
Um usava um revólver e outro com um
facão, assassinaram na noite desta terça-feira (19/03) o marceneiro
O crime aconteceu no momento em que
Ivanildo estava jantando, por volta das 19h00, no sítio “Geraldo”, em São
Sebastião de Lagoa de Roça.
Na época, conforme a polícia, os autores
usavam luvas, invadiram a casa e até anunciaram um assalto, porém o objetivo
era mesmo matar o proprietário que sofreu disparos e golpes de facão nas costas
e na cabeça.
Parte de uma das orelhas foi decepada.
Ivanildo morreu sentado na cadeira e a
cabeça ficou apoiada na mesa.
Ele era casado e pai de uma menina de 09
anos.
Outra, de 16, era enteada dele.
O
DESFECHO
No dia 21 de março de 2019 um dos
acusados foi preso e confessou o crime.
Henrique Pinheiro foi preso pelo Núcleo
de Homicídios da 12ªDSPC com apoio de PMs do 15ºBatalhão.
Na época, em depoimento, Henrique disse
que Ivanildo abusava sexualmente de uma enteada de 16 anos, porém desde os seis
anos que ela era violentada pelo padrasto.
Em entrevista (23/11/2019) ao wwww.renatodiniz.com o
delegado seccional Danilo Orengo afirmou que o Henrique disse que a garota sempre contava o que o padrasto
fazia com ela e ele “resolveu acabar tais abusos sofridos por sua
namorada”.
Ainda no depoimento Henrique conta que “ainda
chegou a conversar com a genitora de sua namorada, noticiando os abusos sexuais
e nada foi feito”.
O delegado então teria indagado por qual
motivo a polícia não tinha sido informada dos abusos que a garota vinha
sofrendo, “mas a vítima, hoje adolescente, afirmou que temia por sua vida e de sua
família, devido à agressividade do seu padrasto”.
Conforme depoimento, “Henrique
confessou o crime a autoridade policial e narrou que teria planejado o crime,
porque estava cheio de ódio e raiva de Ivanildo, não vendo outro caminho que
não fosse tirar a vida dele”.
Ainda na época, o delegado disse que
quando os PCs estavam na cena do crime, a primeira informação era de que se
tratava de um “latrocínio” (roubo seguido de morte), porém nada foi roubado e
os dois acusados encapuzados que entraram na casa foram direto a Ivanildo e o
executaram.
“Percebeu-se que os familiares não estavam
chocados com a morte dele. A esposa dele estava muito fria; a enteada dele
estava muito fria. Era um clima estranho”.
Danilo Orengo foi quem ouviu o
depoimento da adolescente e ela
confirmou os abusos sexuais que sofria.
“Ela
acabou falando que o padrasto abusava sexualmente dela”.
(Por www.renatodiniz.com)
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