Portuguesa, Bangu, São Caetano e agora o Vitória já tiveram momentos de destaque no Brasileiro e poderiam figurar na galeria dos grandes campeões nacionais se não fosse por um único detalhe – terminaram como vices nas decisões do título.
Pior de tudo é que passam por grave
crise de identidade, com risco cada vez maior de não mais voltarem aos dias de
glória.
A Portuguesa, comandada por Candinho,
quase ganhou o Brasileiro de 1996, em duelo com o Grêmio.
Ficou com o vice após vencer em casa o
rival por 2 a 0 e perder pelo mesmo placar em Porto Alegre – o adversário tinha
a vantagem de dois resultados iguais.
Hoje, fora das quatro divisões nacionais
e na Série A2 do Paulista, vive um turbilhão sem fim.
O Bangu, então sob a tutela do banqueiro
do jogo de bicho Castor de Andrade, montou um timaço em 1985 e chegou à final
do Brasileiro em condições de superar o Coritiba, em partida única, no
Maracanã.
Mais de 90 mil pessoas apoiavam os
cariocas no estádio.
O empate por 1 a 1 levou a decisão para
os pênaltis.
Os paranaenses venceram por 6 a 5 e reeditaram o Maracanazo de
1950.
O Bangu também não integra nenhuma
divisão do Brasileiro e tem participado da Série A do Carioca praticamente como
figurante.
Já o São Caetano bateu na trave duas
vezes seguidas: em 2000 e 2001. Na primeira oportunidade, fez frente ao Vasco
em casa, empatando por 1 a 1.
No outro jogo da final, até que esteve
bem, mas não conseguiu segurar o ímpeto de Romário e companhia, perdendo por 3
a 1.
Depois, em 2001, sucumbiu diante do Athletico-PR – derrota em Curitiba por
4 a 2, e também como mandante, por 1 a 0.
Assim como a Lusa e o Bangu, o time do
ABC paulista não tem vaga nem na Série D do Brasileiro.
Tudo leva a crer que o Vitória, vice em
1993, superado pelo Palmeiras duas vezes (1 a 0 em Salvador, e 2 a 0, em São
Paulo), pode estar seguindo caminho parecido.
Praticamente rebaixado para a Série C do
Brasileiro, não vê perspectivas de reação a curto prazo.
(Por Silvio Barsetti, Esportes/Terra)
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