Ex-juiz e ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Sergio Moro fez hoje, pela primeira vez, sua primeira menção pública sobre a filiação ao Podemos.
Em mensagem publicada em sua página no
microblog Twitter, Moro escreveu: "um
Brasil justo para todos".
Junto com a mensagem, estava a imagem do
convite distribuído pelo Podemos convocando para o ato de filiação de Moro ao
partido, marcado para a manhã de 10 de novembro, em Brasília.
A frase de Moro
faz parte do material, que diz que, "juntos,
podemos construir um Brasil justo para todos".
Desde ontem, Moro não tem mais
obrigações com a empresa Alvarez & Marsal, para qual prestava o serviço de
consultor.
Em nota, divulgada em primeira mão pelo
UOL, a Alvarez & Marsal que,
"hoje, os objetivos entre ambos são
distintos". "Ademais, a
Alvarez & Marsal não mantém profissionais que tenham uma vida pública."
ENCONTROS
O desejo do Podemos é ter Moro como
candidato a presidente, mas essa ainda não é uma certeza.
Porém, já há articulações em torno do
que poderá ser uma equipe para a eventual campanha do ex-juiz.
Inclusive para alianças.
O UOL apurou que Moro terá uma reunião
com o deputado federal Junior Bozzella, vice-presidente do PSL, partido que,
junto com o Democratas, formará o União Brasil.
A expectativa é que Podemos e União
Brasil estejam juntos em torno de uma eventual candidatura de Moro.
O ex-juiz também manteve contato nos
últimos meses com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).
Moro terá mais agendas políticas ao
longo do mês.
Em meados de novembro, ele deve
participar do Congresso do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo apoiador do
ex-ministro de Bolsonaro.
Em dezembro, Moro ainda lançará o livro
"Contra o Sistema da Corrupção".
Pessoas próximas a Moro dizem que o
ex-juiz está entusiasmado com as movimentações em direção a uma candidatura.
E que ele está buscando interlocutores
entre políticos e na sociedade civil, mostrando disposição a entrar na corrida
pelo Planalto.
VOLTA
À POLÍTICA
No fim de setembro, Moro veio ao Brasil
para conversas com membros do Podemos, que reafirmou o convite para a disputa
presidencial.
Caso realmente aceite entrar na disputa
pelo Planalto, ele teria pela frente não apenas Bolsonaro, cujo governo integrou
até abril de 2020, mas também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
que foi condenado por Moro em processos da Operação Lava Jato.
Em razão disso, Lula foi preso e ficou
impedido de disputar eleições.
Este ano, porém, o STF (Supremo Tribunal
Federal) decidiu que Moro foi parcial na condução dos processos e anulou suas
sentenças contra Lula, o que devolveu os direitos políticos ao petista.
Em pesquisa do PoderData, divulgada na
última quarta-feira (27/10), Moro aparece com 8% das intenções de voto.
Em terceiro lugar, ele fica atrás de
Bolsonaro, com 28%, e Lula, 35%.
No Podemos, a expectativa é que, caso
haja confirmação da candidatura, Moro conseguirá dobrar o índice atual
"facilmente" nas pesquisas de intenção de voto.
(Por Uol)
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