(Ato ocorrido em João Pessoa nesta terça, 28) |
*O que os policiais reivindicam
*O que diz o governo do estado
Uma das policias mais bem avaliadas do
país está agonizando nos quarteis da Paraíba.
Ao menos é essa imagem que a Polícia
Militar da Paraíba evidencia nas
recentes manifestações após a aprovação da Lei de Proteção Social na Casa de
Epitácio Pessoa.
E isto vem causando uma enorme e
organizada mobilização dos policiais da ativa e reformados.
Nesta quinta-feira (30/12), por exemplo,
uma grande mobilização está marcada para acontecer em Campina envolvendo
policiais militares, bombeiros militares
e familiares deles.
Com concentração marcada para as 15h00
no Parque do Povo e caminhada em seguida até a Praça da Bandeira os militares
prometem mostrar para Campina Grande o tamanho da insatisfação com as medidas
do governo do estado que, conforme a categoria, praticamente deixa os militares
de pires na mão, principalmente no que se refere a aposentadoria.
O fato é que mobilizações já ocorreram
no Sertão e na capital com uma participação que só não foi maciça em virtude de
que boa parte dos policiais estava em serviço.
A revolta toma forma concreta e já não é
algo apenas entre soldados, cabos, sargentos e reformados.
Coronéis também estão insatisfeitos, mas
qualquer pronunciamento pode ser entendido como desobediência grave.
Os policiais não têm duvidas: a Lei de
Proteção Social, aprovada recentemente na assembleia só pune a categoria provocando
perdas significantes no salário, por exemplo.
Pra completar, motoristas de viaturas
“não precisam ter curso algum” para dirigir, o que é uma afronta ao CTB.
A categoria espera a compreensão,
solidariedade e apoio da sociedade.
Outras reivindicações também estão na
pauta dos militares.
Os manifestantes já decidiram:
*Fortalecer tolerância zero caso deem
saída com todos os equipamentos obrigatórios pagos pelo estado (boina, colete,
cinto de guarnição, coturno, armamento);
*Trabalhar conforme determina a
legislação, somente com os equipamentos pagos pelo estado;
*Cada graduação de acordo com sua
respectiva função: soldado não comandar viatura, graduados não dirigir e não
subir guarita. tudo conforme o regulamento interno e dos serviços gerais;
*Presídios: não ser voluntário para
escala 3x3, não tem respaldo no regulamento;
*Lutar por modificações necessárias na
Lei de Proteção Social de modo que não prejudique e não retire direitos
conquistados há décadas, paridade e integralidade (subsídio) e Plano de cargos,
carreira e remuneração.
O
QUE DIZ O GOVERNO DO ESTADOPor sua vez o governador João Azevêdo
disse a Lei do Sistema de Proteção Social dos Militares é uma obrigação federal
e que a lei estadual segue os mesmos parâmetros definidos pela Lei Federal
13.954/2019.
Recentemente ele disse que “se tem alguma coisa que precise ser
alterada, tem que ser alterada na lei federal”.
No último dia 20, em nota, o governo
afirmou que “a lei aprovada na Paraíba
não retira nenhum direito de inativos, tampouco dos ativos das carreiras
militares”.
O governador João Azevêdo também
sinalizou que vai reunir representantes
da Polícia Militar da Paraíba para discutir o reajuste salarial da categoria.
A informação foi confirmada pelo
procurador-geral do Estado, Fábio Andrade na última sexta-feira (24).
A reunião deve ocorrer dia 04 de janeiro.
(Por www.renatodiniz.com)
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