Uma força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco e pela Diretoria Geral de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Fazenda, com apoio do Ministério Público da Paraíba, das Polícias Civil e Militar de Pernambuco cumpriu, na manhã desta terça-feira (21/12), 17 mandados de busca e apreensão em desfavor de oito empresas e seis pessoas físicas.
As buscas ocorreram nas cidades de
Taquaritinga do Norte, Campina Grande, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e
Vitória de Santo Antão.
Os alvos da “Operação Game Over” são os
integrantes de uma organização criminosa que explora loterias eletrônicas, jogos
de azar e bancas de apostas.
Conforme apurado nas investigações, que
tiveram início no ano de 2018, o esquema ilícito foi montado a partir da
criação de uma plataforma que permite a exploração de apostas em resultados de
jogos de futebol, proporcionando ao proprietário e demais investigados ganhos
milionários.
Esses recursos, em seguida, são
convertidos em ativos imobiliários e na criação de outras empresas a partir dos
lucros ilicitamente auferidos, com a finalidade de lavar o dinheiro e conferir-lhes
a aparência de legalidade.
De acordo com o MPPE, foi apurada
movimentação superior a 400 milhões de reais nos últimos cinco anos por meio de
várias empresas que deram início a suas atividades bancárias sem possuírem
patrimônio anterior declarado.
Ainda conforme os promotores do Gaeco, a
organização era divulgada por artistas e chegou a patrocinar times de futebol
da Série A do Brasileirão.
“A exploração de jogos de azar promovia um
estilo de vida luxuoso para os integrantes da organização, em detrimento de
outras modalidades de jogos permitidos que recolhem impostos que são
transferidos para o bem comum da sociedade”, afirmou o Gaeco.
Os alvos da operação estão sendo
investigados pela prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos
ou valores; crimes contra a ordem econômica; crimes contra a ordem tributária;
crimes contra as relações de consumo e promoção, constituição, financiamento ou
integração de organização criminosa.
Apreensões – na chácara do
líder do grupo, localizada na zona rural de Taquaritinga do Norte, foram
encontrados celulares e documentos para a comprovação dos ilícitos, além de
máquinas caça-níqueis.
Nos demais endereços foram recolhidos
documentos contábeis, cheques, telefones celulares, notebooks, material de
propaganda, wallets de criptomoedas e dinheiro, sendo a quantia mais relevante
o valor de “130 mil reais” em espécie na sede de uma das empresas.
(Fonte: Pleno Poder/Jornal da Paraíba. Ascom MPPE)
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