A cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, morreu nesta quarta-feira (23/02), aos 43 anos, em Aracaju/SE.
Ela estava internada desde 11 de
fevereiro, em virtude de problemas renais.
A informação foi confirmada pela
assessoria de confirmação do Hospital Primavera.
O quadro clínico da cantora, que era
integrante da banda Calcinha Preta, se agravou nos últimos dias.
Ela foi internada após sentir dores,
logo depois de ter chegado em Aracaju de uma turnê com a banda, em São Paulo, e
o caso evoluiu para um coma profundo.
Uma campanha de doação de sangue foi
realizada para a artista, que passava por hemodiálise.
Correntes de orações foram realizadas
durante dias por fãs em frente aos hospitais em que ela ficou internada, mas
Paulinha não resistiu.
Questionada sobre possíveis sequelas, a
equipe médica que a acompanhava chegou a dizer que o maior desafio era
“mantê-la viva”.
QUEM
FOI PAULINHA ABELHA
Natural do município de Simão Dias, no
interior de Sergipe, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, trabalhou com pai
comercializando em feiras livres.
Começou a carreira como cantora profissional
na banda Panela de Barro, onde fez dupla com o cantor Daniel Diau.
Os dois voltaram a cantar juntos na
Calcinha Preta, que também é composta, atualmente, por Silvânia Aquino e Bell
Oliver.
A história na banda tem idas e vindas,
mas começou no final dos anos 90, quando o empresário Gilton Andrade a
descobriu.
Ao todo, ela gravou 21 CDs e três DVDs.
A cantora foi homenageada na música que
leva o seu nome, "Paulinha".
Deixou a banda em 2009 para integrar a
G.D.Ó. do Forró com Marlus Viana, com quem foi casada.
Em 2014, retornou para a Calcinha Preta.
Em 2016, Paulinha deixou a banda para
formar dupla com a Silvânia Aquino, retornando ao grupo em 2018.
Entre os maiores sucessos interpretados
por Paulinha estão as músicas: "Furunfa", "Baby dool",
"Louca por ti", "Sonho Lindo", "Armadilha",
"Paulinha" e "Ainda te amo".
A Calcinha Preta gravou um DVD de 25
anos em fevereiro de 2020 e retornava à rotina de shows após meses sem apresentações
por conta da pandemia.
Até a internação de Paulinha, o último
compromisso do grupo foi a gravação do podcast Podpah, em São Paulo, no dia 8
de fevereiro.
Paulinha era casada com o modelo Clebinho
Santos e não tinha filhos.
VEJA
A CRONOLOGIA DA INTERNAÇÃO:
11
de fevereiro
- A cantora Paulinha Abelha foi hospitalizada em Aracaju depois de chegar de
uma turnê com a banda Calcinha Preta em São Paulo.
A internação foi para tratar de
problemas renais, mas a causa não foi divulgada;
14
de fevereiro
- O quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI.
A partir daí, passou a fazer diálise;
17
de fevereiro
- O boletim médico desse dia informou que Paulinha estava em coma e, por causa
da instabilidade neurológica, não tinha condições clínicas suficientes para a
transferência.
No fim da noite a situação mudou e ela
foi transferida para o Hospital Primavera, na Zona Sul de Aracaju, para fazer
novos exames renais;
18
de fevereiro
- O boletim médico informou que a artista permanecia em coma, clinicamente
estável, com quadro de infecção controlado e respirando com o suporte de
aparelho.
A assessoria da cantora disse ainda que
estava descartada a possibilidade de morte cerebral, e que naquela tarde ela
passaria por mais uma sessão de hemodiálise.
Segundo a assessoria, Paulinha estava
sendo submetida a um novo tratamento, que só deveria apresentar resposta em 72
horas.
Com relação à transferência para hospital de outro estado, a assessoria
informou que não havia previsão de quando poderia acontecer;
19
de fevereiro
- No fim da manhã do sábado, novo boletim informava que após a investigação com
exames complementares, foi afastada a possibilidade da cantora estar com
"doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade".
O documento não trouxe mais detalhes
sobre quais doenças seriam essas.
À noite, os médicos informaram que ela
estava intubada e em coma persistente;
20
de fevereiro
- Segundo o boletim médico do domingo, a cantora apresentou quadro neurológico
grave e permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ela também
continuava em coma e intubada;
21
de fevereiro
- Na segunda-feira, a artista seguia com quadro neurológico grave, sem sinais
de instabilidade hemodinâmica, respirando com a ajuda de aparelhos e
necessitando de diálise.
(g1 SE)
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