(Lourival e Bruno: pai e filho presos) |
Um papiloscopiosta do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil do RJ, foi morto na última sexta-feira (13/05) por três militares da Marinha após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações, o trio usou um
veículo oficial da Força para ocultar o corpo do perito.
(Félix Pacheco) |
Um sargento se entregou no 1º Distrito
Naval e confessou o crime.
Renato Couto de Mendonça era esperado
para um plantão no Félix Pacheco neste sábado (14), mas não apareceu.
A polícia foi acionada.
Equipes da Delegacia de Homicídios, da
18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco rastrearam o celular de Renato e
descobriram, então, que o perito teve uma briga com Lourival Ferreira de Lima,
dono do ferro-velho, na Mangueira.
O papiloscopista teria ido reclamar
sobre materiais furtados de uma obra dele, na Praça da Bandeira, e supostamente
receptados por Lourival.
Houve bate-boca.
O
CRIME
Segundo as investigações, Lourival
chamou o filho, o sargento da Marinha Bruno Santos de Lima.
Bruno ligou para um colega e lhe pediu para
trazer uma van da Marinha.
Já no ferro-velho, houve uma luta
corporal com Renato, e Bruno acabou atirando no perito.
Renato foi atingido na perna e na
barriga e foi colocado na van.
Bruno, o cabo Daris Fidelis Motta e o
terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares — todos parceiros da Força —,
levaram Renato até a Baixada Fluminense e jogaram o corpo no Rio Guandu.
Até a última atualização desta
reportagem, o corpo ainda não tinha sido localizado.
Desde a noite de sábado, policiais e
bombeiros concentravam as buscas na ponte do Arco Metropolitano sobre o Guandu,
em Japeri.
Lourival, Bruno, Daris e Manoel foram
presos.
O
QUE DIZ A MARINHA
A Marinha do Brasil informou que tomou
conhecimento, na noite de sábado (14/05), sobre uma ocorrência, com vítima,
envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval, objeto de
inquérito policial no âmbito da Justiça comum.
“Os
militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos
seus atos perante a Justiça”, disse.
“A
MB lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu
firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os
princípios militares.”
“A
MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com
os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito
policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência”, emendou.
(Do g1)
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