Ônibus lotados, sujos, horários “adequados” que prejudicam o trabalhador, mudanças de rotas com base no “umbigo”, linhas sem ônibus e longe de prestar um serviço de qualidade.
É como pode ser resumido o Sistema de Transporte
Público de Campina Grande que parou no tempo e deixou de ser parceiro do
passageiro, seu principal patrimônio.
Agora, como se não bastasse, existe um conflito
entre a prefeitura e os empresários donos dos ônibus.
Eles dizem que a prefeitura deve
dinheiro, Bruno diz que não.
Tem uma saída para essa crise?
Tem!
Acompanhe a saída dessa crise lendo o texto abaixo.
O prefeito Bruno Cunha Lima deixou
claro: “nem o Sistema vai parar, nem nós vamos pagar. Dinheiro da prefeitura
não vai servir para aumentar lucro de empresário”.
O recado direto, sem direito a interlocutores,
foi para os empresários donos das empresas de ônibus de passageiros de Campina
Grande.
O Sitrans – Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros ingressou na justiça cobrando da prefeitura cerca de
“UM MILHÃO DE REAIS”.
O valor seria referente a diferença de
repasses financeiros acordados entre a prefeitura e as empresas de ônibus.
Conforme o Sitrans, a prefeitura deve,
mas não pagou.
A STTP foi notificada.
Sabendo disso o prefeito Bruno Cunha
Lima foi enfático, curto e grosso: “NEM O SISTEMA VAI PARAR, NEM NÓS VAMOS PAGAR”.
“Talvez as pessoas que tenham recorrido à
justiça em nome do Sitrans não tenham lido a lei. A Lei é muito clara: o
subsídio não será calculado para pagar a diferença de ’55 centavos’ por cada
passageiro. Se for assim, imagina: Antes da pandemia Campina Grande
transportava cerca de um milhão e meio de passageiros pagantes por mês. Se você
multiplicar por ‘zero cinquenta e cinco centavos’ nós não vamos ter condições
de transferir para bolsos de empresários ‘700, 800 mil reais’ por mês. Não tem
o menor cabimento”, explicou Bruno.
O prefeito disse ainda que “o
subsídio que foi criado em Campina de forma inovadora, inclusive, é um subsídio
criado para garantir o equilíbrio econômico do contrato (garantir que o
contrato não seja deficitário, que as empresas não tenham prejuízos)”.
Bruno pontuou que “isso pra mim está muito simples.
Nós vamos, inclusive, nos autos do processo apresentar a Lei Complementar 167,
apresentar todos os cálculos...”.
Por fim o prefeito sentenciou e
esclareceu que “nós vamos fazer cumprir o contrato na essência. Pra cumprir o interesse
das pessoas. Não existe débito da prefeitura com sindicato, não existe débito
da prefeitura com empresa de ônibus. O que existe é uma forma (queira deus que
seja um erro inconsciente), mas um erro das empresas na forma de calcular. A
lei é clara, a lei é muito simples (artigo 2º e artigo 3º da Lei Complementar
167 (agora de fevereiro de 2022). Só não consegue entender se for por má
vontade. Eu vou repetir o que já disse: a prefeitura está inteiramente a
disposição para contribuir com o Sistema e fazer com que o Sistema melhore. Que
a gente entregue serviço de transporte público mais eficiente para as pessoas,
em horário adequado, carros mais conservados e se os empresários quiserem
tornar o Sistema mais atrativo eles vão ter que fazer estes investimentos.
DINHEIRO DA PREFEITURA NÃO VAI SERVIR PARA AUMENTAR LUCRO DE EMPRESÁRIO.”
Diante da exposição de Bruno e do
Sistema falho, fica bem nítido que a
prefeitura tem um milhão de motivos para não pagar a suposta dívida.
(Por www.renatodiniz.com)
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