quarta-feira, 18 de maio de 2022

UM MILHÃO DE MOTIVOS PARA A PREFEITURA NÃO PAGAR “DÍVIDA” ÀS EMPRESAS DE ÔNIBUS

Ônibus lotados, sujos, horários “adequados” que prejudicam o trabalhador, mudanças de rotas com base no “umbigo”, linhas sem ônibus e longe de prestar um serviço de qualidade.

É como pode ser resumido o Sistema de Transporte Público de Campina Grande que parou no tempo e deixou de ser parceiro do passageiro, seu principal patrimônio.
Agora, como se não bastasse, existe um conflito entre a prefeitura e os empresários donos dos ônibus.
Eles dizem que a prefeitura deve dinheiro, Bruno diz que não.
Tem uma saída para essa crise?
Tem!
Acompanhe  a saída dessa crise lendo o texto abaixo.
O prefeito Bruno Cunha Lima deixou claro: “nem o Sistema vai parar, nem nós vamos pagar. Dinheiro da prefeitura não vai servir para aumentar lucro de empresário”.
O recado direto, sem direito a interlocutores, foi para os empresários donos das empresas de ônibus de passageiros de Campina Grande.
O Sitrans – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros ingressou na justiça cobrando da prefeitura cerca de “UM MILHÃO DE REAIS”.
O valor seria referente a diferença de repasses financeiros acordados entre a prefeitura e as empresas de ônibus.
Conforme o Sitrans, a prefeitura deve, mas não pagou.
A STTP foi notificada.
Sabendo disso o prefeito Bruno Cunha Lima foi enfático, curto e grosso: “NEM O SISTEMA VAI PARAR, NEM NÓS VAMOS PAGAR”.
Talvez as pessoas que tenham recorrido à justiça em nome do Sitrans não tenham lido a lei. A Lei é muito clara: o subsídio não será calculado para pagar a diferença de ’55 centavos’ por cada passageiro. Se for assim, imagina: Antes da pandemia Campina Grande transportava cerca de um milhão e meio de passageiros pagantes por mês. Se você multiplicar por ‘zero cinquenta e cinco centavos’ nós não vamos ter condições de transferir para bolsos de empresários ‘700, 800 mil reais’ por mês. Não tem o menor cabimento”, explicou Bruno.
O prefeito disse ainda que “o subsídio que foi criado em Campina de forma inovadora, inclusive, é um subsídio criado para garantir o equilíbrio econômico do contrato (garantir que o contrato não seja deficitário, que as empresas não tenham prejuízos)”.
Bruno pontuou que “isso pra mim está muito simples. Nós vamos, inclusive, nos autos do processo apresentar a Lei Complementar 167, apresentar todos os cálculos...”.
Por fim o prefeito sentenciou e esclareceu que “nós vamos fazer cumprir o contrato na essência. Pra cumprir o interesse das pessoas. Não existe débito da prefeitura com sindicato, não existe débito da prefeitura com empresa de ônibus. O que existe é uma forma (queira deus que seja um erro inconsciente), mas um erro das empresas na forma de calcular. A lei é clara, a lei é muito simples (artigo 2º e artigo 3º da Lei Complementar 167 (agora de fevereiro de 2022). Só não consegue entender se for por má vontade. Eu vou repetir o que já disse: a prefeitura está inteiramente a disposição para contribuir com o Sistema e fazer com que o Sistema melhore. Que a gente entregue serviço de transporte público mais eficiente para as pessoas, em horário adequado, carros mais conservados e se os empresários quiserem tornar o Sistema mais atrativo eles vão ter que fazer estes investimentos. DINHEIRO DA PREFEITURA NÃO VAI SERVIR PARA AUMENTAR LUCRO DE EMPRESÁRIO.”
Diante da exposição de Bruno e do Sistema falho, fica bem nítido que a prefeitura tem um milhão de motivos para não pagar a suposta dívida.
(Por www.renatodiniz.com)

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