*Volume seria suficiente para abastecer
mais de 66 milhões de brasileiros em 1 ano
A cada 100 litros de água potável que o
Brasil produz, 40 litros são desperdiçados.
Quase metade da água potável produzida
no Brasil não está chegando ao destino.
Em 2020, o desperdício foi de mais de
40%.
Esta quantidade seria suficiente para
abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano.
É como se o país tivesse perdido mais de
sete vezes o volume do sistema Cantareira - o principal responsável pela
distribuição de água na Grande São Paulo ou o volume equivalente a quase 8 mil
piscinas olímpicas.
“Essas perdas, elas incluem perdas físicas
que são os vazamentos que a gente vê nas ruas e perdas comerciais, que envolvem
erros de medição, né, na fatura dos clientes, e ou até ausência de medição do
hidrômetros, e também a parte que a gente chama das fraudes no abastecimento de
água que são as ligações clandestinas que também se transformam em perdas
comerciais aí no sistema”, explica Pedro Scazufca, pesquisador-parceiro
do Trata Brasil.
Segundo o estudo, a região Norte tem o
pior índice de desperdício e perde mais da metade da água potável produzida.
Entre os 10 países latino-americanos
analisados, o Brasil ficou em quinto lugar.
Abaixo do Uruguai, Costa Rica, Colômbia
e Equador.
A pesquisa mostrou ainda que quase 35
milhões de brasileiros não possuem acesso a água tratada - nem sequer para
lavar as mãos.
Para o pesquisador do Trata Brasil, investimentos nas redes de
abastecimento e o combate a fraudes são as soluções para reduzir essas perdas.
“Infelizmente se a gente olha ao longo dos
últimos 5 anos, a gente piorou um pouco. Esse número de 40% em 2016 era 38%
então a gente tem mantido num patamar parecido, mas piorando um pouco. Então
realmente é muito importante que exista um investimento e uma gestão muito
organizada de controle de perdas de água porque só com isso que você consegue
reduzir. A tendência natural é realmente aumentar”, diz Scazufca.
O Ministério do Desenvolvimento Regional
disse que, desde 2019, concluiu 500 empreendimentos de saneamento pelo país,
levando tratamento de água e saneamento a três milhões de famílias e que
trabalha para implementar as metas do novo marco do saneamento.
Entre as metas,
estão a redução de desperdício de água e melhorias no processo de tratamento.
(Do g1)
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