Na madrugada do sábado (11/06) Débora Fernanda da Silva, de 20 anos de idade, sofreu uma descarga elétrica quando estava numa festa de rua em Piancó, no sertão do estado.
A jovem foi socorrida para um hospital
em Monteiro, no Cariri.
Na noite da quarta-feira (15) ela foi transferida
para o Hospital de Trauma em Campina Grande e já chegou num quadro
irreversível já com a suspeita de morte encefálica.
Diante do quadro, imediatamente foram iniciados os testes para a confirmação.
O protocolo consiste em três exames,
sendo dois clínicos, realizados por médicos distintos, e o terceiro é o exame
de ultrassonografia por doppler, realizado por um neuroclínico.
Com a ausência
de fluxo sanguíneo, a morte encefálica da paciente foi confirmada.
A comunicaram do
falecimento ocorreu na quinta (16).
A família decidiu, em comum acordo, doar
os órgãos da jovem.
COMO
FOI O ACIDENTE...
Conforme Fagner Dernaiton da Silva,
irmão de Débora, chovia na madrugada do acidente.
Ela e uma amiga estavam juntas.
Esta amiga pegou num ferro de um
camarote que já vinha dando pequenas descargas elétricas.
Além disso, havia uma fiação que,
segundo ele, saía do palco para o camarote passando “por dentro de uma poça d’água”.
Como as duas jovens estavam de mãos
dadas, a descarga elétrica passou da amiga para Débora.
Havia um enfermeiro nas imediações que
de pronto realizou os primeiros socorros.
O SAMU também chegou rápido e a levou
para um hospital de Monteiro.
Na quarta houve a transferência para
Campina Grande.
Fagner disse que a família não pensa em
entrar na justiça contra os responsáveis pela festa, no entanto alertou para
que organizadores de eventos atentem para cuidados com energia elétrica, a montagem
de toda estrutura que envolve eletricidade.
A
DOAÇÃO DOS ÓRGÃOS...
“Ela era uma pessoa muito jovem e sadia, além
disso era uma pessoa de bom coração”, disse o irmão.
Na medida em que o quadro foi se
agravando, se tornando irreversível ele afirmou que o “coração dele tocou” para
fazer isso.
“Pra mim eu tinha que fazer isso, eu ia
ajudar mais pessoas. Eu sei que ‘um pedaço’ dela vai ficar aqui. Um pedaço dela
já ficou (que foi a filha que ela deixou). A gente vai tomar de conta. Eu como
tio vou ser o segundo pai dela. Ela tem um pai, mas eu vou ser mais um pai que
a menina vai ter. No que se refere a doação, a família toda entrou em consenso
e decidimos isso para ajudar o máximo de pessoas”.
Débora tinha uma filha de dois anos e
seis meses.
OS
ÓRGÃOS DOADOS PARA CINCO PESSOAS
A Central de Transplante no Hospital de
Trauma de Campina Grande confirmou que foram doados os rins, o fígado e as
córneas.
O fígado para uma mulher paraibana de 74
anos; os rins para dois pernambucanos de 22 e 39 anos; e às córneas que antes
do transplante são levados para o Banco de Olhos da Paraíba.
Atualmente no Estado existe um total de
511 pessoas aguardando órgãos ou tecidos, segundo o Núcleo de Ações Estratégicas
da Central Estadual de Transplante.
(Por www.renatodiniz.com)
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