A Polícia Civil ouviu nesta terça-feira (23/08) as declarações do adolescente de 16 anos acusado de desferir golpes de marreta na cabeça do pai na tarde de 15 de agosto no sítio “Barra de Aroeiras”, em Alcantil, no Cariri.
O homem de 41 anos de idade, ainda foi
socorrido para o Hospital de Trauma em Campina Grande, mas acabou morrendo.
Na PC, o adolescente estava acompanhado
da mãe e de um irmão que também foram ouvidos.
As declarações e depoimento foram na
11ªDSPC em Queimadas.
Os três foram ouvidos separadamente, mas
contaram a mesma situação ocorrida na residência, conforme disse a delegada
Suelane Guimarães, em entrevista a Patrulha da Cidade/TV Borborema.
“Desde a manhã do dia 15 o pai já estava
agressivo e dizendo que ia matar a mãe”.
Os adolescentes já cresceram, segundo
eles, com o pai agredindo a mãe.
“Quando crianças, não podiam fazer nada, mas
quando cresceram o pai deixou de bater ‘fisicamente’, mas a ameaçava dizendo
que ia matá-la”.
No dia 15, o homem disse que iria matar
a mulher.
Diante disso o adolescente de 16 anos já
ficou por perto.
É que o homem costumava cumprir as
ameaças.
Por exemplo: disse que atearia fogo na
roupa dele e realmente queimou a roupa; disse que queimaria os documentos dele
e também queimou.
Quando o pai pegou a marreta, o filho ‘se
meteu’.
O homem começou a quebrar objetos na
residência e segundo os adolescentes, repetindo que ia matar a mulher.
O filho de 16 anos conseguiu tomar a
marreta e golpeou o pai.
Foram três golpes.
Após isso o adolescente disse que se
preocupou com os avós e com um tia que estava grávida.
Ele pegou duas sobrinhas (de dois e
quatro anos de idade) e foi para a casa dos avós contar o que tinha acontecido.
De acordo com a delegada Suelane Guimarães,
o adolescente disse que foi a única opção que teve: “ou era o pai, ou mãe e precisou
defender a mãe.”
A PC apurou que a situação na família
era de conflito causado pelo homem.
Por causa da violência do marido a
mulher pediu medida protetiva, mas de nada adiantou.
“Era um problema familiar que já vinha
ocorrendo havia vários meses e só piorou. A mãe já tinha solicitado medida
protetiva no ano passado, mas o marido não se ausentou da casa (mesmo com a
medida protetiva). Ele só ficou pior no comportamento e na agressividade em casa
(à agredia, agredia os filhos de forma diferenciada). Não era só uma surra que
o pai queria dar nos filhos, era uma agressividade pior e ela ficou com medo de
retornar à delegacia quando houve o descumprimento da medida protetiva e ele
permaneceu em casa sempre com as agressividades”, disse a mãe em depoimento
à delegada Suelane Guimarães.
DROGA E TRÁFICO
Informações
obtidas pela polícia dão conta de que o homem era usuário de droga e suspeita
de envolvimento com tráfico.
Ele também
ingeria álcool.
OUTROS DEPOIMENTOS
O caso ainda não
está encerrado.
Familiares e
outras testemunhas ainda vão ser ouvidos.
O adolescente aguarda o procedimento da justiça em liberdade.
(Por www.renatodiniz.com)
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