quarta-feira, 24 de agosto de 2022

ADOLESCENTE PRESTA ESCLACRECIMENTOS SOBRE MORTE DO PAI EM ALCANTIL

A Polícia Civil ouviu nesta terça-feira (23/08) as declarações do adolescente de 16 anos acusado de desferir golpes de marreta na cabeça do pai na tarde de 15 de agosto no sítio “Barra de Aroeiras”, em Alcantil, no Cariri.

O homem de 41 anos de idade, ainda foi socorrido para o Hospital de Trauma em Campina Grande, mas acabou morrendo.
Na PC, o adolescente estava acompanhado da mãe e de um irmão que também foram ouvidos.
As declarações e depoimento foram na 11ªDSPC em Queimadas.
Os três foram ouvidos separadamente, mas contaram a mesma situação ocorrida na residência, conforme disse a delegada Suelane Guimarães, em entrevista a Patrulha da Cidade/TV Borborema.
Desde a manhã do dia 15 o pai já estava agressivo e dizendo que ia matar a mãe”.
Os adolescentes já cresceram, segundo eles, com o pai agredindo a mãe.
Quando crianças, não podiam fazer nada, mas quando cresceram o pai deixou de bater ‘fisicamente’, mas a ameaçava dizendo que ia matá-la”.
No dia 15, o homem disse que iria matar a mulher.
Diante disso o adolescente de 16 anos já ficou por perto.
É que o homem costumava cumprir as ameaças.
Por exemplo: disse que atearia fogo na roupa dele e realmente queimou a roupa; disse que queimaria os documentos dele e também queimou.
Quando o pai pegou a marreta, o filho ‘se meteu’.
O homem começou a quebrar objetos na residência e segundo os adolescentes, repetindo que ia matar a mulher.
O filho de 16 anos conseguiu tomar a marreta e golpeou o pai.
Foram três golpes.
Após isso o adolescente disse que se preocupou com os avós e com um tia que estava grávida.
Ele pegou duas sobrinhas (de dois e quatro anos de idade) e foi para a casa dos avós contar o que tinha acontecido.
De acordo com a delegada Suelane Guimarães, o adolescente disse que foi a única opção que teve: “ou era o pai, ou mãe e precisou defender a mãe.”
A PC apurou que a situação na família era de conflito causado pelo homem.
Por causa da violência do marido a mulher pediu medida protetiva, mas de nada adiantou.
Era um problema familiar que já vinha ocorrendo havia vários meses e só piorou. A mãe já tinha solicitado medida protetiva no ano passado, mas o marido não se ausentou da casa (mesmo com a medida protetiva). Ele só ficou pior no comportamento e na agressividade em casa (à agredia, agredia os filhos de forma diferenciada). Não era só uma surra que o pai queria dar nos filhos, era uma agressividade pior e ela ficou com medo de retornar à delegacia quando houve o descumprimento da medida protetiva e ele permaneceu em casa sempre com as agressividades”, disse a mãe em depoimento à delegada Suelane Guimarães.
DROGA E TRÁFICO         
Informações obtidas pela polícia dão conta de que o homem era usuário de droga e suspeita de envolvimento com tráfico.
Ele também ingeria álcool.
OUTROS DEPOIMENTOS
O caso ainda não está encerrado.
Familiares e outras testemunhas ainda vão ser ouvidos.
O adolescente aguarda o procedimento da justiça em liberdade.
(Por www.renatodiniz.com)

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