O advogado paraibano Thélio Farias lançou nesta quarta-feira (07/09) um livro sobre fatos desconhecidos da vida de Pedro Américo, um paraibano que ficou imortalizado graças à pintura do quadro “Independência ou Morte”, que retratava o momento em que Dom Pedro II proclamava a Independência do Brasil.
Thélio conheceu Pedro Américo por acaso.
O pai do menino, o advogado Leidson
Farias, renomado em Campina Grande tinha clientes em Areia e de vez em quando
levava o filho para acompanhá-lo nas visitas ao município que fica a menos de
50 quilômetros da Rainha da Borborema.
Enquanto o pai trabalhava, o garoto
passeava e um dia ficou fascinado com a casa de Pedro Américo.
Mais tarde, na adolescência, visitou
Florença, na Itália, onde encontrou um busto do paraibano.
Somente na vida adulta, Thélio decidiu
escrever um artigo sobre o conterrâneo ilustre e manteve contato com bisnetos
do famoso pintor na Itália e no Rio de Janeiro.
Com eles, conseguiu mais de mil
documentos, quase todos desconhecidos de pesquisadores e do grande público.
“Eles não me deram, mas permitiram que eu
digitalizasse e hoje com a tecnologia isso é muito fácil. Conversei com eles,
fiz entrevistas e até visitei o túmulo da esposa de Pedro Américo que está em
Florença e acho que o Governo da Paraíba deveria fazer o traslado. Assim, uma
novidade foi puxando outra e acabei fazendo um livro”, contou o autor
em entrevista a Cláudia Carvalho na rádio BandNews FM Manaíra.
O livro em questão é “Além do Ipiranga, a extraordinária vida de
Pedro Américo e suas incríveis facetas” que foi lançado no Museu da Cidade,
em João Pessoa, no fim da tarde desta terça-feira (06) e em pleno 7 de setembro
o evento foi repetido no fim da tarde no Teatro Minerva, em Areia, terra natal
de Pedro.
“O teatro tem uma grande ligação com Pedro
porque foi fruto de uma ideia do avô dele, Manoel de Cristo Granjeiro de Melo,
um músico da primeira orquestra particular do Nordeste”.
Para se ter ideia do peso que o
paraibano teve no mundo cultural, Pedro Américo chegou a reunir em exposições
públicos de cem mil pessoas (Florença, 1988) e 60 mil (Exposição Geral das
Belas Artes da Academia Imperial de 1872/RJ).
O livro está recheados de fatos
interessantes da vida de Pedro Américo, como sua prisão, períodos de “dureza”
intercalados com outros de luxo e até um mistério que Thélio desvendou sobre a
causa da morte do pintor.
Fartamente ilustrada, a obra traz em
suas 244 páginas o prefácio do professor, escritor e presidente da União
Brasileira dos Escritores (UBE/SP), Ricardo Ramos Filho, neto de Graciliano
Ramos, além de textos do artista plástico João Câmara e do presidente da Fundação
Portinari, João Cândido Portinari.
O livro pode ser encontrado em João
Pessoa na Livraria do Luiz (Galeria Augusto dos Anjos, Centro e no MAG
Shopping) e também na Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) https://www.cepe.com.br/.
(Do Parlamento PB)
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