Um brasileiro foi preso nesta quinta-feira (1º/09) na Argentina após tentar disparar com uma arma de fogo contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, quando ela chegava em casa, no Bairro Recoleta, em Buenos Aires.
As informações foram confirmadas pelo
ministro da Segurança argentino, Aníbal Fernández.
De acordo com informações da polícia
argentina, o homem é Fernando Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos.
O acusado tem antecedentes criminais por
porte ilegal de arma.
Ainda de acordo com Fernández, o acusado teria tentado
disparar contra a vice-presidente usando uma pistola “.380” mas não conseguiu
porque a arma teria falhado.
"Agora a situação tem que ser
analisada pelo nosso pessoal da (polícia) Científica para avaliar os vestígios
e a capacidade e disposição que essa pessoa tinha", disse o
ministro.
De acordo com a polícia argentina,
Fernando Sabag Montiel foi transferido para a sede da Polícia Federal em Villa
Lugano.
Ele trabalha como motorista de
aplicativo.
Após a tentativa de assassinato,
Cristina conversou por telefone com o presidente da Argentina, Alberto
Fernández.
Ele está na residência presidencial, em
Buenos Aires, reunido com membros do alto escalão do governo.
CRISTINA
KIRCHNER ENFRENTA PEDIDO DE PRISÃO
No último dia 22 de agosto, o Ministério
Público da Argentina, na figura do promotor Diego Luciani, pediu a prisão de
Kirchner por associação ilícita agravada e administração fraudulenta agravada
na licitação de obras quando governou o país, entre 2007 e 2015.
O promotor
pediu 12 anos de prisão, inabilitação perpétua para cargos públicos e apreensão
da fortuna pessoal no valor de 5,3 bilhões de pesos argentinos — cerca de R$
200 milhões.
Cristina Kirchner classificou a denúncia
como "perseguição política".
Em pronunciamento, ela disse que as
acusações de corrupção em concessões de obras públicas como uma manobra para
afastá-la da vida pública.
"O julgamento começa com essa
construção, com essa ficção de rotas desfeitas e inexistentes, de
superfaturamento. Não eram acusações, mas um roteiro, e bem ruim, por sinal,
além de falso", disse Cristina.
"Nada, absolutamente nada do que
disseram foi comprovado", reforçou.
A residência de Cristina Kirchner se
tornou um ponto de encontro de manifestantes que fazem vigílias contra a
acusação contra a ex-presidente da Argentina.
(Por Correio Braziliense)
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