Os mais de 156 milhões de eleitores brasileiros aptos a votar em todo o país e no exterior retornam às urnas neste domingo (30/10) para o segundo turno das eleições.
O país definirá quem será o presidente
da República pelos próximos quatro anos: Jair Bolsonaro (PL), que tenta a
reeleição, ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou o país entre 2003 e
2010.
Em 12 estados, a disputa para governador
também ficou indefinida e o resultado será decidido neste domingo.
Neste caso, serão dois votos: primeiro
para governador (dois dígitos), e depois para presidente (também dois dígitos).
Nos outros estados e no Distrito
Federal, como o governador já foi definido, os eleitores votam apenas para
presidente.
Brasileiros no exterior também votam
apenas para presidente, assim como já fizeram no primeiro turno.
Quem
estava em dia com a Justiça Eleitoral e não votou no primeiro turno pode votar
normalmente no segundo turno, mesmo que ainda não tenha justificado.
O
prazo para a justificativa vai até 1º de dezembro.
Quem não votou no 1º turno pode ir às
urnas no domingo (30); tire dúvidas sobre as eleições.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) apontam que 156.454.011 brasileiros estão em condições para votar em
5.570 municípios brasileiros e em outras 181 localidades no exterior.
O total corresponde a 73% dos 212,7
milhões de habitantes do país, segundo estimativa da população do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos que estão aptos a votar, 75% já
possuem o cadastro biométrico (118,1 milhões).
Mais da metade do eleitorado é composta
por mulheres: 82,3 milhões (53%).
Os homens são 74 milhões (47%).
Outras 36,7 mil pessoas não informaram o
gênero.
No total, 37.637 eleitores transexuais e
travestis solicitaram a inclusão do nome social no título.
O voto é obrigatório para quem tem entre
18 e 70 anos (é facultativo para quem tem entre 16 e 18, para os maiores de 70
e para os analfabetos).
Quem não puder comparecer, poderá
justificar a ausência em qualquer local de votação.
O resultado começa a ser divulgado ao
final da votação, a partir das 17h, em Brasília.
LISTA
DE ESTADOS QUE TERÃO SEGUNDO TURNO E OS NOMES DOS CANDIDATOS:Alagoas: Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo
Cunha (União Brasil)
Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) x
Eduardo Braga (MDB)
Bahia: Jerônimo (PT) x ACM Neto (União
Brasil)
Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
x Manato (PL)
Mato Grosso do Sul: Capitão Contar
(PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)
Paraíba: João Azevêdo (PSB) x Pedro
Cunha Lima (PSDB)
Pernambuco: Marília Arraes
(Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB)
Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) x
Eduardo Leite (PSDB)
Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União
Brasil) x Marcos Rogério (PL)
Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) x
Décio Lima (PT)
São Paulo: Tarcísio (Republicanos) x
Fernando Haddad (PT)
Sergipe: Rogério Carvalho (PT) x Fábio
(PSD)
HORÁRIO
UNIFICADO NO PAÍS
Pela primeira vez nas eleições, todas as
seções eleitorais do país vão funcionar das 8h às 17h no horário de Brasília.
Isso significa que cidades e estados em
fusos diferentes deverão adequar os horários de funcionamento.
De acordo com o TSE, serão adotados os
seguintes horários locais:
Das
6h às 15h:
Acre e 11 municípios do Amazonas (Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant,
Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Tabatinga e São Paulo de
Olivença).
Das
7h às 16h:
demais municípios do Amazonas; Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima.
Das
9h às 18h:
Fernando de Noronha (PE).Com a unificação dos horários, a
divulgação dos resultados deve começar às 17h (horário de Brasília), quando a
votação se encerra em todo o país. Segundo o TSE, eleitores que ainda estiverem
na fila quando o relógio bater 17h ainda poderão votar.
A unificação dos horários nacionais não
altera a votação dos brasileiros que se cadastraram para participar no
exterior.
As urnas fora do Brasil ficarão abertas
pelo mesmo intervalo de nove horas – das 8h às 17h, no horário local do país
onde a votação ocorrer.
Quem está no exterior só vota para
presidente e vice-presidente da República.
COMO
VOTARPara votar, o eleitor deverá ir à sua
seção eleitoral, disponível no site do TSE, portando documento de identificação
com foto (carteira de identidade, de trabalho, de motorista ou certificado de
reservista) mais o título de eleitor – se esquecer o título, é possível votar
se apresentar documento com foto (não serve certidão de casamento ou
nascimento).
Eleitor
que se recusar a entregar celular a mesário será impedido de votar.Além disso, os eleitores poderão usar o
e-título, aplicativo de celular que traz a versão digital do título de eleitor
impresso.
O e-titulo contém as informações sobre a
situação do eleitor e local de votação, e pode até substituir o documento com
foto para aquele eleitor que já fez o recadastramento biométrico.
O
QUE O ELEITOR PODE FAZER NO DIA DA ELEIÇÃO:Levar uma “cola” contendo nome e número
de seus candidatos escolhidos;
Manifestar individual e silenciosamente
sua preferência por partido, coligação ou candidato;
Abrir o comércio, desde que funcionários
possam ser liberados para votar.
O
QUE O ELEITOR NÃO PODE FAZER NO DIA DA ELEIÇÃO:Juntar-se a aglomeração de pessoas, até
o fim da votação, com roupa padronizada, bandeiras e adesivos que caracterizem
manifestação coletiva, com ou sem veículos de transporte;
Portar, na cabine de votação, celular,
máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação ou qualquer
outro instrumento que possa comprometer o sigilo do voto;
Fazer propaganda de partidos ou
candidatos, inclusive distribuindo “santinhos” – o ato é crime, com pena de
prisão de até um ano ou prestação de serviço à comunidade mais multa.
Porte de arma nas seções eleitorais, com
exceção de membros das forças de segurança.
APLICATIVOSA Justiça Eleitoral disponibilizou
diversos aplicativos para smartphone de modo a facilitar a votação, a
fiscalização da votação e o acompanhamento dos resultados.
São os seguintes:
Resultados: permite
acompanhar, em tempo real, a contagem dos votos;
e-Título: substitui a
versão em papel do título de eleitor e dispensa o porte de documento com foto
se o eleitor tiver feito o cadastramento na biometria com fotografia no
aplicativo;
Pardal: permite
denunciar propaganda eleitoral irregular ou compra de votos, por exemplo,
anexando fotos, áudios ou vídeos para comprovação;
Mesários: fornece
instruções para mesários convocados ou voluntários, com dicas e informações
úteis para quem colabora nas eleições;
Boletim
na mão:
fornece o conteúdo dos boletins afixados nas seções eleitorais com o resultado
da votação naquela urna, para conferência com o resultado divulgado pelo TSE;
JE
Processos:
consulta a ações judiciais na Justiça Eleitoral, relativas a propaganda
irregular, registro de candidaturas, direito de resposta, ações de cassação de
mandatos, principalmente.
(Por g1)
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