O ator José Dumont, de 72 anos, virou réu pelo crime de estupro de vulnerável após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitar a denúncia que o Ministério Público ofereceu contra ele na sexta-feira (04/11).
A denúncia foi feita pela 1ª Promotoria
de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Botafogo e Copacabana,
segundo divulgado pelo jornal Correio Braziliense.
O Juízo da 33ª Vara Criminal da Capital,
no entanto, recusou o pedido para o ator retornar à prisão.
A primeira audiência, de conciliação,
instrução e julgamento de Dumont, foi marcada para 6 de dezembro.
PRISÃO
DE ATOR
A prisão de José Dumont aconteceu em
setembro, quando policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão na
residência do ator, no Bairro do Catete, na Zona Sul do Rio, após denúncia de
comportamento inadequado do artista com um menor.
Também foi encontrado, na mesma
operação, um comprovante de depósito bancário para a suposta vítima de abuso
sexual, um menino de 12 anos.
Dumont alega que pesquisou as imagens na
internet para estudo para a realização de um trabalho sobre o tema e que não
participa de grupos com trocas de imagens infantis pornográficas.
Ele também negou ter fotografado,
filmado, comprado ou vendido qualquer material do tipo.
Ele estava escalado na novela
"Todas as Flores", da Globoplay, onde viveria um explorador de
menores, mas foi demitido após a prisão.
A denúncia que levou à busca e apreensão
foi feita por vizinhos, que afirmaram que o ator foi flagrado em imagens do
circuito interno de seu prédio acariciando e beijando um menor.
De acordo com a polícia, Dumont teria se
aproveitado do prestígio como ator para atrair a atenção do adolescente de 12
anos, que era seu fã.
A investigação aponta ainda que ele desenvolveu
um relacionamento próximo com o menino, oferecendo ajuda financeira e
presentes, valendo-se da vulnerabilidade financeira da vítima para, a partir
daí, fazer investidas com beijos na boca e carícias íntimas, que acabaram sendo
captadas por câmeras de vigilância, dando início às investigações
Além disso, o Ministério Público da
Paraíba requisitou a retomada de investigações sobre possível estupro de
vulnerável praticado por Dumont em 2009 na cidade de Cabedelo, a 15 km de João
Pessoa.
Para se defender, Dumont contratou o
escritório do advogado Arthur Lavigne, um dos mais renomados e caros do Brasil,
que ajudou a promotoria no caso do assassinato de Daniella Perez.
SOLTURA
A desembargadora Suimei Meira Cavalieri,
da 3ª Vara Criminal, mandou soltar o ator José Dumont. Ele estava preso na Casa
do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte do Rio, e a libertação
ocorreu dia 12 de outubro, Dia das Crianças.
Segundo o Tribunal de Justiça, a prisão
preventiva foi afastada porque o ator estava sendo processado pelo crime de
armazenamento de imagens de cenas pornográficas e "de acordo com o Código
de Processo Penal, não cabe prisão preventiva nessa situação".
No entanto, foram determinadas medidas
cautelares alternativas a ele, como monitoração eletrônica.
Um relatório técnico feito pelo
policiais do Núcleo de Combate ao Uso e à Exploração Sexual Infantil da
Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) indicou que pelo menos um
dos 240 arquivos de imagens e vídeos de pornografia infantil encontrados com o
ator pode ter sido produzido com a câmera do celular apreendido com Dumont.
Um dia após José Dumont ser solto, a mãe
do menino que teria sido abusado pelo ator prestou depoimento na Delegacia da
Criança e Adolescente Vítima, no Centro do Rio de Janeiro.
A mulher, que pediu para não ter o nome
divulgado, chorou ao conversar com a imprensa sobre o caso, revelando só ter
descoberto o abuso por meio da mídia.
(Por Terra)
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