O cantor e compositor Erasmo Carlos
morreu nesta terça-feira (22/11) aos 81 anos.
Ele estava internado no Hospital Barra
D'Or, no Rio de Janeiro, para tratar uma infecção pulmonar.
O caso era considerado delicado.
No último boletim divulgado pelo
hospital, Erasmo estava tratando uma síndrome edemigênica, caracterizada pelo
aumento do volume de líquido extravascular, ou seja, fora dos vasos sanguíneos.
A síndrome provoca edemas no corpo por conta
da retenção de líquidos.
Erasmo retornou ao hospital e foi
intubado na segunda-feira (21) após uma piora no quadro.
No início do mês, ele chegou a comemorar
uma alta hospitalar, no dia de Finados, após duas semanas de internação.
Erasmo tinha shows marcados para
novembro nos Estados Unidos.
No dia 4, ele se apresentaria em Orlando.
No dia 10, em Miami, mas precisou
cancelar as apresentações.
Esta é a segunda hospitalização do
artista em pouco mais de um ano.
Em agosto de 2021, ele passou 8 dias em
um hospital após ter se infectado com o novo coronavírus (Sars-coV-2).
Em fevereiro, Erasmo Carlos lançou um
novo álbum: ‘O Futuro Pertence À Jovem Guarda’, o disco traz oito releituras de
sucessos da época da Jovem Guarda que ficaram marcados na voz de outros
cantores.
São elas: ‘Nasci Pra Chorar’, ‘O Ritmo da Chuva’, ‘Alguém na
Multidão’, ‘O Tijolinho’, ‘Esqueça’, ‘A Volta’, ‘Devolva-Me’ e ‘O Bom’.
HISTÓRIA
Nascido Erasmo Esteves (1941), na
Tijuca, zona Norte do Rio de Janeiro, ele cresceu cercado pela música e
elementos que influenciaram sua identidade como artista.
Filho de mãe solteira, ele apenas
conheceu seu pai na maioridade, aos 23.
Ainda adolescente firmou o gosto pelo
rock e pela bossa nova, consumindo bastante conteúdo dos estilos e
envolvendo-se com pessoas que compartilhavam o amor pelos gêneros.
Era na Rua do Matoso, no Bar Divino,
localizado na região da Praça da Bandeira, que ele se reunia com seus amigos
para experienciar, se inspirar e ‘trocar figurinhas’.
Nos anos 60, a música brasileira vivia
um de seus momentos de ouro, inspirados pelo alto consumo de importados, os
artistas criavam novas melodias que ficariam eternizadas na história.
Entre os amigos de Erasmo dessa época,
que frequentavam junto com ele o Bar Divino, estavam nomes como Tim Maia e
Jorge Ben.
No mesmo período, ele conheceu o capixaba aspirante a cantor Roberto
Carlos, no show de Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho.
Na época, a visão do herói americano em
solo brasileiro abriu a mente de Erasmo para um novo rumo de sua carreira: a
aposta de um rock mais pop.
(Por Terra)
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