A Operação Sol Nascente da Polícia
Federal, realizada nesta manhã de sexta (18/11) se deu para cumprir Mandados da Vara de Entorpecentes de Campina
Grande.
As ações da PF ocorreram na Paraíba,
Amazonas, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Norte.
Foram 23 Mandados de Prisão e 30 de Busca
e Apreensão.
175 contas bancárias foram bloqueadas.
Conforme a Polícia Federal foram
identificados três grupos no fornecimento de maconha Skank, ecstasy e cocaína
para traficantes na Paraíba.
E isso movimentou mais de 500 milhões de
reais.
Os crimes são de tráfico interestadual
de droga, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
O principal local de venda da droga era
João Pessoa.
Na Paraíba foram presas nove pessoas,
sendo cinco em Campina Grande e quatro na capital.
Entre os presos estão três mulheres
(duas em Campina e uma em João Pessoa)
A polícia apreendeu documentos,
celulares, arma e a quantia de “43 mil reais”.
Durante entrevista coletiva os delegados
Leonardo Paiva, Ricardo Vasconcelos Melo e Felipe Costa explicaram sobre a
operação.
Os presos são pessoas de classe média e
classe alta.
“São supostos empresários e pessoas de classe
média que servem de ponte financeira do esquema (por onde transitam valores do
tráfico). Temos fornecedores locais, temos transportadores. É uma rede que
conta com quatro núcleos em divisão de tarefas se articulando entre receber e
mandar a droga, ter o contato com países vizinhos (pra fazer essa droga ‘internalizar’
no Brasil). Hoje tivemos a prisão de um grande traficante no Amazonas. Ele
mandava droga para dois nordestinos que foram presos hoje (um já estava no
presídio e outro foi preso em João Pessoa)”, afirmou o delegado
Leonardo Paiva.
Ele disse também que “essas
duas pessoas faziam essa droga chegar na região de Campina Grande e adjacências.
Pra fazer o pagamento ao fornecedor do Amazonas eles contavam com pessoas que ‘fornecem
um leque de contas’”.
Essas 175 contas movimentaram “500
milhões de reais” de maneira atípica.
O delegado pontuou que “são
traficantes que se fazem passar por empresários, são fornecedores locais, são
dois grandes articuladores na Paraíba e Rio Grande do Norte que fazem essa
droga chegar (maconha Skank – espécie de maconha mais potencializada) ao
destino e aqui em Campina e João Pessoa eles contam com alguns locais de classe
média que articulam financeiramente a forma de pagar essa droga que chega aqui.
Tem pessoas também que realizam o transporte”.
Leonardo Paiva acrescentou que as mulheres
se beneficiavam e sabiam das negociações envolvendo seus companheiros.
Elas forneciam suas próprias contas ou
forneciam contas de terceiros para a lavagem do dinheiro.
O delegado Ricardo
Vasconcelos disse que já fazia um ano e meio que a investigação vinha ocorrendo.
No ano passado,
inclusive, parte do grupo criminoso foi desmantelado com a “Operação Insônia”.
Na oportunidade ocorreram várias
prisões de traficantes de ecstasy.
“A
investigação nessa fase (de hoje) buscou pegar a parte da lavagem de dinheiro.
A gente identificou que a grande quantidade de recursos que estava sendo
movimentada estava sendo reinserida para colocação de empresas de vários ramos
como empresas de automóveis (revendedoras), sucatas, internet, construção
civil, locação de veículos. Então eles faziam o branqueamento (lavagem de
dinheiro) reinserindo mediante constituição de empresas. Empresas para operar
como se estivesse praticando atividade regular”.
(Por www.renatodiniz.com)
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